Projeto para palafitas de Santos terá grupo técnico focado na transformação do Dique da Vila Gilda

Cerca de 6 mil famílias residem no local, que deverá receber condições dignas de moradia

Por: Matheus Müller  -  02/07/21  -  12:52
  Fonte de recursos para o projeto ainda será discutida por grupo técnico
Fonte de recursos para o projeto ainda será discutida por grupo técnico   Foto: Divulgação

O projeto Parque Palafitas de Santos ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (1º), com a publicação de um decreto da Prefeitura no Diário Oficial. O texto institui um grupo técnico que será responsável por desenvolver estudos e ações para transformar o Dique da Vila Gilda, na Zona Noroeste. O objetivo é criar condições dignas de moradia no local, além de contribuir na melhora e preservação do meio ambiente.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


O secretário de Desenvolvimento Urbano de Santos, Glaucus Renzo Farinello, destacou que um novo decreto do Poder Executivo deverá sair na próxima semana com os nomes indicados ao grupo. A partir desse momento é que um calendário de trabalho será montado.


A pasta de Desenvolvimento Urbano exercerá a secretaria executiva do grupo técnico, que ainda terá um coordenador nomeado. Já as secretarias municipais de Governo, Infraestrutura e Edificações, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Serviços Públicos, além da Defesa Civil, Cohab Santista e Programa Santos Novos Tempos, terão um membro cada.


Projeto Piloto


Farinello ressalta que, antes de quaisquer ações de construção, o grupo realizará estudos e, com as devidas autorizações e licenças, começará os trabalhos por um projeto piloto, em uma pequena área da Vila Gilda.


“Quando a gente fala num projeto piloto, é justamente fazer um recorte (teste em uma área) no sentido de ir aperfeiçoando a proposta no meio do caminho, para que a gente consiga ter um projeto entregue, testado e aprovado pela comunidade e, a partir disso, replicá-lo”.


O secretário diz ser viável o processo de reorganização das atuais moradias construídas sobre o mangue, buscando uma solução social, sustentável e técnica para criação de novas habitações. Além disso, pelo consultado até o momento, tem valor semelhante à construção de habitações populares convencionais em prédios.


Passado esse momento e, com base nas boas experiências, o projeto será desenvolvido por completo. Ele aponta que nem todas as 6 mil famílias que ocupam aquela região permanecerão no local. O motivo é a falta de espaço e necessidade de garantia à recuperação ambiental. “Muitas serão removidas para conjuntos habitacionais”, disse, sem enumerar.


Farinello destaca o mapeamento realizado pela Prefeitura das famílias que vivem naquela área. Esse procedimento, segundo ele, permite controlar o avanço de moradias irregulares ou que terceiros se aproveitem do momento de regularização fundiária para se beneficiar.


Aproveitamento


Em 2018, o escritório do arquiteto curitibano Jaime Lerner, que morreu em maio deste ano, começou a desenvolver uma proposta para a Vila Gilda, com recursos da organização Comunitas. A ideia era erguer conjuntos habitacionais na área seca do mangue e casas pré-fabricada sobre a água. A Prefeitura diz que tende a aproveitar elementos apresentados na ocasião para este novo projeto.


Clique e saiba mais em ATribuna.com.br



Tudo sobre:
Logo A Tribuna