Primeiro dia de lockdown em Santos tem ruas vazias: 'parece uma cidade fantasma'

Trabalhadores essenciais do Gonzaga relatam pouco fluxo de trabalho e pessoas na região

Por: Jordana Langella  -  23/03/21  -  22:43
Atualizado em 23/03/21 - 22:54

No primeiro dia de lockdown, em Santos, nesta terça-feira (23), trabalhadores de serviços essenciais relatam pouca circulação de pessoas na região do Gonzaga e queda de demanda de trabalho, como número de entregas de delivery e procura por deslocamento de táxi.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


A equipe de A Tribuna entrevistou pessoas que permanecem trabalhando durante a fase mais rígida do Plano São Paulo e conferiu os efeitos das novas restrições no cotidiano dessa parte da população. Confira a videorreportagem acima.


De acordo com a maior parte das pessoas ouvidas durante a produção desta matéria, as medidas do lockdown já foram perceptíveis nesta terça-feira não só em relação à questão econômica, mas também sobre a quantidade de pessoas pela cidade. Ruas vazias e predominância de motoristas de entrega marcaram esta tarde.


Rua Euclides da Cunha, no Gonzaga, vazia durante o primeiro dia de lockdown
Rua Euclides da Cunha, no Gonzaga, vazia durante o primeiro dia de lockdown   Foto: Jordana Langella/AT

O gerente do tradicional Lanches IndependênciaAndré Drexler, de 46 anos,por exemplo, ficou surpreso com a quantidade de pedidos feitos por delivery até às 13h. “O telefone demorou a tocar e até agora a gente só teve dois pedidos. Nesse horário já era para estar bombando”, contou. Normalmente, o restaurante faz 20 entregas, no mesmo período.


A mesma situação também aconteceu com outros comerciantes da região que já calculam um prejuízo gigantesco para os próximos dias. É o caso, por exemplo, do comerciante de sorveteria Carlos Goulart, de 39 anos. “Normalmente, essa loja faz de R$ 2 mil a R$ 3 mil reais por dia e hoje eu nem consegui chegar nos R$200”, desabafou.


O gerente da hamburgueria Charlie's Vinícius Vilela explica que o delivery, apesar de ser a única opção possível no momento, certamente dá mais gastos para o proprietário de um estabelecimento, tendo em vista o custo das taxas de entrega. Portanto, o atendimento presencial é mais vantajoso.


Já para o taxista Itami Vicente Ferreira de Miranda, de 60 anos, o cenário de hoje nas ruas do Gonzaga foi completamente atípico. “Parece uma cidade fantasma”, desabafou.


Contudo, quando perguntado sobre as perspectivas sobre o futuro ainda mantém a esperança para dias melhores, assim como os outros entrevistados, que continuam na ‘luta’ para manter o próprio negócio.


Restaurantes estão impedidos de realizar o
Restaurantes estão impedidos de realizar o "take-away" durante lockdown   Foto: Jordana Langella/AT

Logo A Tribuna