Presidente da Società Italiana di Santos fala sobre legado da cultura para a cidade
Dia do Imigrante Italiano é comemorado nesta quinta-feira (21)
A chegada do navio Sofia ao Porto de Vitória, no Espírito Santo, no dia 21 de fevereiro de 1874, é um marco para os descendentes de italianos no Brasil. No navio, milhares de italianos chegavam aqui em busca de um futuro melhor, longe da miséria causada pela guerra. A data, celebrada até hoje, é motivo de comemoração também para os santistas, que contam com uma grande parcela de filhos, netos e bisnetos de italianos.
Depois da chegada da embarcação, uma imigração gradual e sistêmica ocorreu, e o porto de Santos também passou a receber os estrangeiros na cidade. A atual presidente da Società Italiana di Santos, Maria Isabel Porco, conta que o primeiro contato com o Brasil, para muitos italianos, foi em Santos. Por isso, o carinho pela cidade é grande.
O trabalho com o café no porto e nas fazendas fez com que muitos dos imigrantes encontrassem um novo lar em Santos. Da mesma forma, a italiana Maria Isabel encontrou acolhida na cidade. Imigrante desde os anos 80, além de ser presidente da Società há três anos, ela atua como intérprete e professora de italiano na instituição.
Questionada sobre a união da comunidade italiana em Santos, ela conta que a Societá Italiana é um lugar que a recebeu de portas abertas. “A colônia italiana no Brasil vem depois da portuguesa e da espanhola, mas mesmo assim tem uma grande representatividade em vários aspectos como gastronomia, cultura e a alegria dos italianos”.
Cidadania
Maria Isabel conta que, atualmente, a tendência de imigração tem partido dos brasileiros. Cada vez mais, a procura pela cidadania italiana tem aumentado por parte dos brasileiros na esperança de encontrarem melhores condições de vida no exterior.
Ela explica que o legado da cultura italiana para o Brasil é vasto, e causa encantamento. “Agora tem esse boom de cidadania italiana entre os descendentes. Muita gente quer sair daqui e ir para lá, porque a Itália é linda! Tem esse resgate da cultura, a gastronomia - que é de primeira -, a história do império romano e do começo de uma civilização, a arte, tudo isso atrai”, emociona-se.