Portuário se apresenta como pai de bebê quase vendido em maternidade de Santos
Ele afirma estar disposto a fazer DNA; suspeita de querer entregar a criança por R$ 2 mil está desaparecida
A bebê que quase foi vendida pela mãe em um hospital de Santos pode ganhar um pai. Um trabalhador portuário de 39 anos afirma ser o responsável pela criança e quer registrar a possível filha.
O homem conta que, no ano passado, conheceu a mulher na casa de amigas no Morro São Bento. “Foi um romance do tipo de carnaval, em que ela frequentou meu quarto por dois meses”, lembra.
Segundo ele, após o término do relacionamento, a mulher disse que estava grávida. “Eu nem achava que era verdade, mas ela vivia falando que era meu. Fiquei sabendo pelo pessoal lá do morro que ela estava mesmo grávida. E foi por eles que eu ia acompanhando como estavam as coisas. Ela chegou a comentar lá que ia vender a criança”.
Ele foi avisado do nascimento da criança pelos conhecidos em comum, que mandaram mensagem. No dia seguinte, começou a tentar ver a criança. “Toda vez que nascia um filho meu, eu ia para o hospital e era uma alegria. Desta vez não foi assim. Não sabia como agir. E travei um pouco”, confessa.
O homem tem dois filhos, de 9 e 23 anos, que moram em Uberlândia, em Minas Gerais, com a irmã. Será ela também quem dará suporte para que ele crie a criança, caso ele consiga a guarda.
Justiça
No Conselho Tutelar, ele recebeu a informação de que, por não ser o responsável pela criança, não poderia conhecê-la e foi orientado a procurar a Justiça. “Fui à Defensoria Pública e me deram duas folhas de papel com documentos para apresentar para ser atendido. Nem sabia por onde começar. Resolvi recorrer a um advogado para fazer o teste de DNA e, caso seja confirmada a paternidade, levar minha filha para morar com minha família”.
A informação que o homem tem é de que a bebê ficou internada no Hospital Silvério Fontes por 11 dias e depois levada para um abrigo. Mas a Prefeitura de Santos afirma que a criança continua internada na unidade de saúde aguardando decisão judicial. A mulher teve alta médica no dia 19. O trabalhador disse que desconhece o paradeiro dela.