Pasteleiro de Santos desabafa sobre dias sem trabalho e restrições: 'Faturamento caiu 70%'

Feiras livres ficaram fechadas por quase três semanas e retomaram atividades nesta terça-feira (13)

Por: Natalia Cuqui  -  14/04/21  -  13:17
Redes sociais impulsionaram as vendas da pastelaria durante lockdown
Redes sociais impulsionaram as vendas da pastelaria durante lockdown   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Durante o lockdown em Santos, que foi instaurado entre os dias 23 de março e 4 de abril, as feiras livres foram impedidas de funcionar presencialmente, com funcionamento apenas do delivery.


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Alan Figueira e sua esposa, Karen Lourenço, são os donos da barraca de pastéis Da Feira. Figueira contou à reportagem de ATribuna.com.br que, apesar dos boatos, sentiu que foi pego de surpresa.


 Redes sociais impulsionaram as vendas da pastelaria durante lockdown
Redes sociais impulsionaram as vendas da pastelaria durante lockdown   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

"A gente tinha escutado só os boatos, então estávamos meio preparados, mas ainda assim fomos pegos de surpresa", contou Alan.


As feiras livres haviam obtido a permissão de retornar suas atividades na última terça-feira (6), porém, com restrições: apenas barracas hortifrutigranjeiras e de pescados podiam funcionar. Feirantes fizeram um protesto pacífico, onde as barracas foram montadas sem produtos em exposição.


"A proposta da Prefeitura era inviável (manter barracas apenas de um lado da via e em ruas laterais), por isso houve o protesto. Depois disso houve um teste na sexta e no sábado e a partir desta próxima terça, se Deus quiser, poderemos funcionar".


Alan contou que as redes sociais foram as maiores aliadas do Da Feira durante esse período difícil: "Temos um bom público no Instagram e também no Facebook, por isso as redes sociais foram fundamentais e têm dado muito certo".


A barraca, que funciona nas feiras de Santos há 4 anos, também contou com o serviço de delivery. A queda no lucro, porém, é notável: de acordo com Alan, o faturamento cai de 60 a 70%.


"Conversamos com nossos funcionários e, com o horário reduzido, fizemos um rodízio e cortamos 20% do salário, para não ter que mandar ninguém embora", explicou o feirante.


A partir desta terça-feira (13), as feiras voltaram a funcionar normalmente, mas com gradis, aferição de temperatura, distanciamento entre barracas e acessos laterais fechados. Mas Alan, assim como outros feirantes, pedem a colaboração dos munícipes para respeitar uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomerações.


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