Paixão de gerações: Moradores de Santos não trocam vida no Morro Nova Cintra 'por nada'; VÍDEO
A Tribuna foi até bairro santista e conversou com quem não abre mão da vida no local
“Não troco por nada, é o melhor lugar para se viver”, afirma o comerciante Antônio Vieira, de 67 anos, sobre o Morro Nova Cintra, em Santos, local que nasceu. A reportagem de A Tribuna foi até o bairro nesta quinta-feira (15) para conversar com pessoas que têm histórias parecidas como a de Antônio e que não abrem mão da “tranquilidade” da vida na parte urbanizada dos morros da cidade. Confira na videorreportagem abaixo.
Ao ser perguntado sobre como é a vida no morro, Vieira respondeu que nasceu no Nova Cintra e continua no mesmo lugar. “Não é que eu gosto de morar aqui, eu adoro”, brinca o comerciante, que também comparou a vida em áreas como a Avenida Santista nos demais morros com a rotina no ‘nível do mar’. “Temos mais tranquilidade, todos se conhecem e gosto daqui desde que nasci. Não troco por nada, e não estou ‘jogando conversa fora’ quando afirmo que me sinto bem aqui”.
Por sua vez, o operador de empilhadeiras Carlos Cândido, de 60 anos, aproveitava a manhã para brincar de pipa com o seu filho. Ele também comentou sobre como é a vida em um morro. “Moro aqui desde que nasci, gosto e não trocaria”, conta. “Aqui é um pouco mais tranquilo, as pessoas se conhecem e se respeitam, o que também é muito bom, ainda mais hoje em dia”.
E uma nova geração também compartilha do mesmo pensamento. O comerciante João Vitor dos Santos, de 19 anos, mora no Nova Cintra desde o seu nascimento e, hoje, tem uma loja de roupas no local. “Nunca aconteceu nada de ruim pra mim por aqui”, relata. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de deixar o bairro, enfatizou: “Não saio do morro não”.
E mesmo os ‘recém-chegados’, que não nasceram nos morros, também aproveita a ‘rotina’. A auxiliar de limpeza Ana Roseli dos Santos, de 45 anos, escolheu morar no Nova Cintra há 20 anos, e não se arrepende. “Morar aqui é tranquilo, e ainda temos as vantagens de um posto de saúde, escolas, entre outras coisas importantes. Moro aqui há muitos anos, gosto, e não tenho a menor intenção de me mudar”.
Por fim, o administrador Renato dos Santos, de 58 anos, que aproveitava a manhã de sol para praticar exercícios físicos ao redor da Lagoa da Saudade, contou que mora há três anos no morro e aproveita a vida nas suas mediações. “Já morei no nível do mar, na Zona Noroeste de Santos, e, hoje, só ‘desço’ quando há alguma urgência”, conta. “É muito bom morar aqui, vir à Lagoa, olhar para a natureza, com suas árvores e pássaros. Aqui é o lugar perfeito”, finaliza.
