Pai e filho nutrem paixão por carros antigos em Santos e buscam Fusca em outro estado

João cresceu vendo seu pai, Névio, cuidar de carros antigos, e foi até Londrina buscar o carro que havia sido dele

Por: Natalia Cuqui  -  08/08/21  -  09:40
 Névio e seu filho, João Luiz ao lado do fusquinha azul que foi buscado em Londrina.
Névio e seu filho, João Luiz ao lado do fusquinha azul que foi buscado em Londrina.   Foto: Arquivo Pessoal

Paixões e hobbies costumam ser passados de geração em geração. Neste Dia dos Pais, o empresário Névio Luiz de Pretto, de 65 anos, conta em conversa com A Tribuna como sua paixão por carros antigos, herdada de seu pai, foi passada para a geração seguinte, já que seu filho, o gerente executivo João Luiz Diogo de Pretto, de 38 anos, nutre a mesma paixão desde criança e nota o mesmo em sua filha, Giovanna, de dois anos.


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Névio gosta tanto do assunto que faz parte do Clube de Automóveis Antigos de Santos, participando ativamente dos encontros, que acontecem formalmente todo mês no município, assim como os encontros informais, próximo ao Aquário de Santos, todo domingo de manhã. O empresário afirmou que é um grande fã de antiguidades, e que gosta de expor os carros para ver a alegria das pessoas.


"Já aconteceu de eu sair de carro e vir uma família que começou a chorar quando viu meu carro, porque o pai dela tinha um igual, e pediu para olhar dentro do carro. Traz lembranças boas de infância né? Além do lazer para nós, que não é barato de manter, não recebemos nada em troca a não ser satisfação de expor o carro e manter a história viva. Não é só ter o carro para mostrar a alguém. É ter o carro para dar a oportunidade de alguém trazer uma lembrança gostosa de uma fase da vida", contou Névio.


O antigomobilista, termo usado para falar de pessoas que colecionam carros antigos, afirma que seu pai também sempre teve carro e nunca foi apegado a um modelo, trocando com frequência: "Quando tirei minha habilitação e comprei meu primeiro carro, aquelas lembranças todas ficaram. Não comprei um carro zero porque não dava né? Era um carro antigo e fui tendo essa paixão igual do meu pai de não ficar muito tempo com o carro. Há uns anos comecei a ter gosto por ter carros mais antigos", lembrou.


A paixão pelos modelos se estendeu também ao seu filho do meio, João Luiz, que hoje tem 38 anos. O gerente executivo contou que chegou a ir até Londrina, no Paraná, para buscar um carro que havia sido de seu pai, depois de muita busca por meio do número do chassi do veículo e um ano negociando com o proprietário.


 João Luíz herdou de seu pai, Névio, a paixão por carros antigos e a divide com a pequena Giovanna.
João Luíz herdou de seu pai, Névio, a paixão por carros antigos e a divide com a pequena Giovanna.   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

"Eu lembro do dia que ele vendeu o fusquinha azul, eu chorei muito, falava sempre para ele 'você não devia ter vendido aquele carro', e aí acabei encontrando o proprietário em 2019. A princípio entrei em contato com a mãe dele, que havia comprado de presente pra ele no aniversário de 18 anos. Contei a história toda e ele disse que não ia vender, mas a gente conversou bastante até acharmos um preço justo", contou João.


Depois de finalmente conseguir comprar o fusca de volta, João Luiz teve que prometer que, se um filho do antigo dono o procurasse para comprar o carro que foi do pai, ele teria que vender o veículo. O gerente conta que até hoje tem contato com ele, e que mandou fotos do fusquinha azul restaurado: "Ele ficou super feliz. Disse que se fosse para qualquer outra pessoa não ia vender, mas sabia que eu ia cuidar do carro.


O filho de Névio afirma que desde que se conhece por gente, lembra do pai cuidando de carros antigos. A mesma paixão é notada em sua filha Giovanna, que está com dois anos: "Desde bebê ela é bem apegada ao fusquinha azul, que eu encontrei quando minha esposa ainda estava grávida. Ela pede pra ir à escola de fusca, para pôr a capa no carro, ela fala que o fusca é dela. E não vamos vender, senão pode acontecer a mesma coisa que aconteceu comigo né?", brincou.


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