Paciente com lesão no joelho encara um mês de tentativas para agendar consulta em Santos

Emerson Felipe está afastado do trabalho até maio e teme não conseguir avanço do tratamento até o retorno

Por: Daniel Gois  -  26/04/21  -  10:35
   Morador do Rádio Clube, Emerson enfrenta falta de vagas e fila para conseguir retorno médico
Morador do Rádio Clube, Emerson enfrenta falta de vagas e fila para conseguir retorno médico   Foto: Arquivo pessoal/Emerson Felipe

Afastado do trabalho para tratar de uma lesão no joelho, o auxiliar de limpeza Emerson Felipe Silva Araújo, de 26 anos, enfrentou um mês de ligações e idas presenciais ao Ambesp Nelson Teixeira, em Santos, para conseguir uma consulta com um ortopedista. No fim, ele precisou recorrer a ajuda de terceiros.


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Emerson Felipe teve um rompimento parcial do ligamento cruzado anterior do joelho direito no ano passado. Em novembro, após realizar exames e passar com um ortopedista, o jovem soube que precisaria ficar afastado por seis meses, com possibilidade de cirurgia. O afastamento se encerra na primeira quinzena de maio.


O morador do Rádio Clube passou por atendimento médico pela última vez em 15 de março, e desde então tentava marcar um retorno. "Disseram que eu precisava ligar para a secretaria de Saúde. Quando liguei, disseram, duas vezes, que não conseguiam marcar, por conta da pandemia. Na terceira vez, disseram para eu voltar no Ambesp e resolver com a assistência social”, afirma o jovem.


Entre idas e ligações, Emerson Felipe só conseguiu marcar o retorno médico após solicitar ajuda para um vereador da cidade. A demora para marcar a consulta fez o jovem ficar apreensivo, já que o afastamento do trabalho termina em maio.


“Passo a maioria do meu tempo sentado, porque não dá pra ficar em pé. Meu joelho dói muito. Se eu caminhar rápido, meu joelho estrala. Meu trabalho exige que eu passe 7 horas em pé e andando rápido. Espero que não só eu, mas nenhuma pessoa que depende do sistema único de saúde precise passar pela situação que eu passei", desabafa.


Resposta


Em nota, a secretaria de Saúde de Santos ressalta que, durante o lockdown adotado para conter os casos de Covid-19, os atendimentos eletivos de ambulatório foram suspensos de forma temporária, trazendo aumento de demanda.


"Atualmente, na fase de transição do Plano São Paulo, o atendimento presencial no Ambulatório Nelson Teixeira está operando com 50% da capacidade para evitar aglomerações", diz a administração municipal.


Ainda segundo a prefeitura, a marcação de consultas especializadas deve ser feita pela Central de Agendamentos, por telefone ou WhatsApp.


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