Obras da segunda fase do VLT chegam ao Centro de Santos

Nova frente de trabalho vem atuando em ruas como Amador Bueno, Itororó, Frei Gaspar e Riachuelo

Por: Sandro Thadeu  -  14/07/22  -  21:06
Atualizado em 15/07/22 - 14:53
Moradores e comerciantes dos trechos com as intervenções são avisados com 30 dias de antecedência
Moradores e comerciantes dos trechos com as intervenções são avisados com 30 dias de antecedência   Foto: Alexsander Ferraz/AT

As obras da segunda fase do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já chegaram ao Centro de Santos. Trata-se de uma nova frente de trabalho do trajeto desse modal, que ligará a Linha 1 Barreiros - Porto (a partir da estação Conselheiro Nébias) até o Bairro Valongo.


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A movimentação de máquinas e trabalhadores da Álya Construtora (novo nome da Queiroz Galvão), contratada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para executar o projeto, é constante nas ruas Amador Bueno, Itororó, Frei Caneca, Dom Pedro II, Riachuelo e Frei Gaspar.


Alguns trechos do leito carroçável e da calçada dessas vias estão ocupados parcialmente. Essa medida é necessária para a remoção e implantação de redes novas de esgoto, o que dificulta a mobilidade dos pedestres, o trânsito de veículos e até mesmo o acesso aos comércios do entorno.


Embora os lojistas e trabalhadores reconheçam a importância desse novo meio de transporte chegar à região central do Município, as obras estão afetando o movimento de clientes.


A torcida é para que não haja atrasos nessa empreitada, para que os transtornos causados com as intervenções sejam superados o mais rápido possível.


“O movimento de pessoas aqui foi afetado. Isso sem contar a sujeira e o barulho durante o dia. Espero que isso acabe logo”, disse a vendedora Sônia Maria dos Santos, que trabalha em uma loja de decoração na Rua Itororó.


O ambulante Airton Batista reconhece os problemas causados na Rua Amador Bueno e elogiou o fato de os trabalhos prosseguirem no período noturno. “Não tem jeito. Toda obra é assim mesmo”, admitiu.


Dono de um box de assistência técnica de celulares localizado na Rua Riachuelo, Paulo Ricardo Camargo de Moraes disse que já fez reclamação formal à Ouvidoria do Município em razão do prejuízo financeiro causado pelas intervenções.


“Ainda não obtive respostas. Já fui obrigado a fechar um box que eu tinha, porque o movimento ficou muito fraco. O mesmo ocorre com outros colegas. O acesso dos clientes piorou muito nas últimas semanas”.


Proprietário de um comércio de artigos para festas na Rua Itororó, Ricardo Afonso acredita que o VLT sozinho não trará mais consumidores aos comércios locais. Na visão dele, a saída para essa questão passa pela iniciativa de a Prefeitura incentivar mais famílias a morarem no Centro.


Avisos

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que não ocorreu a divulgação prévia sobre a execução das obras do VLT na região central porque não houve interdição ao trânsito, mas somente a ocupação parcial das vias.


Segundo a empresa municipal, os moradores e comerciantes dos trechos com as intervenções são avisados com 30 dias de antecedência. “A Prefeitura destaca que acompanha diariamente o andamento da construção do novo trecho do modal”, frisou.


A EMTU explicou que as obras estão avançando em direção à região central de Santos e que, desde o último dia 20, elas vêm sendo realizadas na Rua Amador Bueno e vias radiais, onde há a execução de serviços de remanejamento das redes de esgoto.


A estatal destacou a população impactada com as intervenções foram informadas sobre os serviços antecipadamente por meio de panfletos, Diário Oficial e site oficial das obras do VLT (vltsantos.construtoraqueirozgalvao.com.br/comunicados).


Detalhamento da obra

Com capacidade para transportar 35 mil pessoas por dia, o segundo trecho do VLT ligará a Linha 1 Barreiros – Porto (a partir da estação Conselheiro Nébias) até a região central de Santos e deverá entrar em operação no primeiro semestre do próximo ano.


Serão oito quilômetros de extensão e sete trens, com 14 estações nas proximidades de locais de interesse público, como Mercado Municipal, Poupatempo e Terminal Valongo.


O itinerário realizado contemplará as seguintes vias: Rua Campos Mello, Rua Doutor Cochrane, Rua João Pessoa, Rua Visconde de São Leopoldo, Rua São Bento, Rua Amador Bueno, Rua Constituição, Rua Luiz de Camões e Avenida Conselheiro Nébias.


Segundo a EMTU, o VLT, além de ser um importante meio de transporte para a região, tem capacidade de revitalizar todo seu percurso, unindo bairros ao centro, turismo e trabalho.


As obras estão sendo executadas pela Álya Construtora (novo nome da Queiroz Galvão) e têm sido realizadas até 22 horas, mediante autorização concedida pela Prefeitura de Santos para acelerar os trabalhos.


O investimento do Estado para as obras da segunda fase desse modal é de R$ 218 milhões. O VLT é um veículo totalmente elétrico, ou seja, não emite poluentes, e também considerado eficiente e silencioso, proporcionando aos passageiros conforto e redução do tempo de viagens.


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