Número de multas de trânsito cresce 6,1% até setembro

Dirigir acima do limite de velocidade lidera o ranking santista

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  27/10/19  -  20:37
As infrações por celular, o mal do momento no trânsito, tiveram queda nos números, de 13,1%
As infrações por celular, o mal do momento no trânsito, tiveram queda nos números, de 13,1%   Foto: Luigi Bongiovanni/ Arquivo/ AT

O número de multas de trânsito cresceu 6,1% em 2019. O índice apurado pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) de Santos é referente ao período entre janeiro e setembro e comparado a 2018. O primeiro lugar no ranking de infrações ficou para a direção em velocidade superior à máxima permitida em até 20%. Foram aplicadas 59.715 autuações. 


No ano passado, o mesmo quesito ocupou o topo da lista, com 46.704 multas aplicadas pelos radares. Segundo o diretor-presidente da CET-Santos, Rogério Vilani, o problema com a velocidade está muito ligado ao comportamento do usuário. 


“Para mim, as mesmas causas que provocam a infração de radar possibilitam os acidentes: imprudência, imperícia e negligência, além da falta de atenção, que está dentro desse grupo”. Vilani entende que a vida está mais corrida, mas pede mais consciência dos motoristas. “Não vão conseguir compensar o atraso no volante”. 


As aplicações de multa por velocidade são registradas pelos radares que, segundo a CET-Santos, tem ajudado a inibir e reduzir o número de mortes no trânsito. A companhia aponta que, em 2001, quando não existiam radares na Cidade, foram 65 mortes para uma frota de 217.193 veículos. 


Em 2016, o número caiu para 50, o que continuou a ocorrer nos anos seguintes. Em 2017, foram 43 mortes e em 2018, 41 casos fatais para uma frota de 309.254 veículos. 


Velocidade


Além das infrações por velocidade superior em até 20% à máxima permitida, neste ano, aparecem no ranking as multas para quem excede o limite de 20% até 50%. O diretor-presidente da CET-Santos ressalta que o trabalho de conscientização continua e que as listas com esses indicativos apontam quais ações devem receber mais atenção. 


“Ainda não conseguimos reverter esse cuidado. Existe uma velocidade que não se deve ultrapassar no perímetro urbano que é 50 km/h. O ideal seria não ultrapassar essa velocidade nunca”. 


Celular


Apesar de considerar o celular o mal do momento, Vilani analisa a queda das infrações dessa natureza. Em 2018, de janeiro a setembro, a infração ocupava o quarto lugar no ranking de irregularidades, com 6.578 casos. Neste ano, até o momento, está fora da lista com os cinco principais problemas. Foram 5.712 ocorrências, uma queda de 13,1%. 


“(O celular) é extremamente perigoso. As pessoas não falam apenas, elas digitam, o que é pior. Temos sido muito atuantes, não só na orientação, mas na fiscalização. Não podemos deixar esse problema crescer, ainda mais em Santos, onde os destinos são curtos”, destaca o diretor-presidente. 


Orientação


Vilani aponta que os dados são fundamentais para a tomada de ação da CET-Santos, que trabalha diariamente em algumas frentes para conscientizar, educar e reduzir o número de infrações. “Temos programação diária em três pontos, em escolas (uma por dia), dando palestra em empresa e (orientando) nas ruas”.


Ele explica que a companhia acredita na capacidade de “atingir o motorista de baixo para cima, através dos filhos em visitas nas escolas”. Ao educar as crianças, Vilani diz ser possível orientar os condutores do futuro, que também passam a alertar os pais sobre as leis de trânsito.


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