Neo Mama mantém legado de Gilze e segue com muito trabalho em Santos

Após a morte da fundadora, familiares decidem prosseguir com assistência às mulheres

Por: Nathália de Alcantara  -  13/05/21  -  12:05
Atualizado em 13/05/21 - 14:00
   O viúvo de Gilze, José Luis Neto Francisco, e a filha, Mariana Costa Francisco Passarelli Gomes, de 33, seguirão os passos de Gilze
O viúvo de Gilze, José Luis Neto Francisco, e a filha, Mariana Costa Francisco Passarelli Gomes, de 33, seguirão os passos de Gilze   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O Instituto Neo Mama, que este ano completa 20 anos acolhendo mulheres da região acometidas pelo câncer e oferecendo suporte multidisciplinar a elas, seguirá de portas abertas para ajudar durante uma fase em que o chão parece se abrir.


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Apesar da morte de sua fundadora e presidente da entidade, Gilze Maria Costa Francisco, uma enfermeira de 60 anos que viveu essa realidade de luta, sua família seguirá dando vida ao sonho que por anos foi sua maior missão.


O viúvo de Gilze, José Luis Neto Francisco, de 59 anos, e a filha, Mariana Costa Francisco Passarelli Gomes, de 33, seguirão os passos dela. “As pessoas sabem que ela se foi, mas não desistem. Seguem vindo até aqui deixar doações e entram em contato. Então, como podemos desistir? Minha mãe parecia uma muralha, nada a derrubava”, relata a filha.


Superação


O marido lembra que nenhuma mulher do instituto havia morrido por causa da covid-19. Com a morte de Gilze, em 1º de maio, após 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta de uma reinfecção de coronavírus, a família recebeu muitas mensagens de como a mulher forte mudou vidas, histórias e ajudou a construir futuros.


“Estava difícil, mas ela não desistia porque era muito otimista. Em seu celular, encontramos vários vídeos para campanhas futuras. Estava muito esperançosa com as vacinas para a covid-19. Não temos como agradecer, mas que eu possa um dia retribuir o que todas as pessoas fizeram pela gente”, diz Mariana.


Agora, o Instituto Neo Mama começará uma nova fase, em um novo lar em Santos, ainda sem endereço certo, já que as doações diminuíram e as despesas seguem altas.


“Vamos para uma estrutura menor, mantendo os serviços com atendimento individual e, no futuro, iremos para outro lugar, retomando os atendimentos presenciais em grupo. Por enquanto, eles são feitos apenas pela internet. Será uma reestruturação”, resume José Luis.


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