Museu do Café, o sabor da história; vídeo
Em um prédio suntuoso de 1922, o equipamento guarda o registro de parte fundamental da trajetória econômica de Santos e do Brasil
A fachada surpreendente do prédio do Museu do Café já demonstra o que está por vir. Ele foi inaugurado em 1998, mas o edifício é de 1922, antiga sede da Bolsa Oficial do Café. Lá, é possível, claro, tomar os melhores cafés possíveis (e levá-los para casa) e conhecer toda a história e cultura que envolvem esse importante grão, que movimentou a economia nacional e local.
O antigo salão do pregão, por exemplo, que pode ser visto na visita, era o palco das negociações até a década de 1950 – e apreciá-lo a partir do mezanino é uma volta ao passado.
O espaço está com nova exposição – sobre café arábica, leia abaixo – além das permanentes e de média duração; há, ainda, cursos de barista, no Centro de Preparação de Café instalado por lá, além da temporada Férias no Museu, que começa no próximo dia 8.
Pedro Henrique Mendes, 27 anos, é um jornalista que trocou as redações pelo espaço cultural do Centro Histórico de Santos. Entendendo-se como comunicador, encontrou sua paixão depois de trabalhar com exposições no Sesc Santos.
Mas, há seis anos, sua jornada é trocar informações com visitantes do País inteiro e do mundo. “O Museu, hoje, é um espaço totalmente dinâmico”, aponta ele.
E realmente é. A tecnologia está muito presente em todos os espaços. Mapas interativos gigantes instalados mostram como o grão fez a cidade de Santos se desenvolver.
Na exposição temporária Café Árabe, um Símbolo de Generosidade, é mostrado o porquê do café ser, além de um produto de consumo pessoal, uma bebida social – o café arábica se tornou patrimônio cultural imaterial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Objetos trazidos do Museu do Café de Dubai estão lá expostos.
“Foi minha primeira vez e achei sensacional. Instalações, cultura. É muito legal saber mais sobre a história não só do café, mas também da cultura e economia envolvidas nele”, diz Cleber Tavares, turista de 44 anos vindo de Uberlândia (MG).
O casal Cátia e Luiz Espírito Santo, de Bauru (SP), também ficaram encantados. “As instalações são impressionantes. Ficamos muito surpreendidos”, afirma Cátia.
Ingressos: Inteira: R$ 10. Estudantes, funcionários da rede pública do Estado de São Paulo e Terceira Idade pagam meia-entrada. Aos sábados, a entrada é gratuita. De terça a sábado, das 9h às 17h. Domingo, das 10h às 17h. Abertura às segundas-feiras durante a temporada de verão. Rua XV de Novembro, 95, Centro.