Médico que cuidou de doença do ator Reynaldo Gianecchini participa de evento em Santos
Vanderson Rocha se apresentou no 16º Comec, e aproveitou para falar sobre hematologia e doação de sangue
Atualizado em 17/05/22 - 14:30
Os números de doação de sangue preocupam, e não é de hoje. Apenas 1,6% das pessoas doam. Um contraste gigantesco diante dos 98,4% que não praticam esse gesto importante e de amor ao próximo. Mudar o quadro é o desafio proposto pelo presidente da Fundação Pró-Sangue, o médico hematologista Vanderson Rocha, que participou do primeiro dia do 16º Comec (Congresso de Medicina Científica), organizado pelo Centro Acadêmico Martins Fontes (CAMF-Unimes), no Parque Balneário Hotel, com apoio do Grupo Tribuna.
A instituição está entre os cinco maiores bancos de sangue da América Latina e é centro de referência da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde.
“Apenas 2% da população brasileira doa sangue. Em países desenvolvidos, o número é muito maior, calcula-se em torno de 20%. A gente teve uma queda com a covid, em torno de 20% a 30% de doações”, afirma Rocha.
Ele mostrou, ainda, um perfil dos doadores da Fundação Pró-Sangue: é majoritariamente feminino (51%), entre 18 e 29 anos (32,1%) e com doadores de primeira vez (39%).
Hematologia
O médico, que cuidou do linfoma não-Hodgkin do ator Reynaldo Gianecchini, aproveitou o evento para falar sobre hematologia. A área tem experimentado um avanço grande, com descobertas nas chamadas terapias avançadas, que têm modificado o tratamento do câncer.
“A hematologia é um exemplo de como toda essa parte de tratamento com células tem modificado as doenças hematológicas, as doenças do câncer (leucemia, linfomas). O futuro do câncer se baseando nessa experiência”, conta.
Vanderson Rocha defende que, apesar de custosos, os avanços nos tratamenros devem ser levados à maior parte da população.
“A gente estuda muito para isso. Para ajudar o maior número de pessoas a curarem doenças graves. Sou um adepto do SUS. É para isso que a gente faz Medicina. São tratamentos muito caros que a gente tenta, com a ciência e a criatividade, trazer de forma mais acessível para todos”.