Lojistas de Santos reclamam dificuldades no Dia do Comerciante: 'Desafio, sem celebração'; VÍDEO
Data é celebrada nesta sexta (16); comerciantes ainda sentem os efeitos da pandemia e desejam perspectivas melhores
É com o desejo de “arregaçar as mangas" para recuperar as perdas financeiras desde o início da pandemia que os comerciantes de Santos ressignificam este 16 de julho, Dia do Comerciante.Veja mais detalhes na videorreportagem abaixo.
Por sinal, se antes muitos consideravam a data como um momento de celebração, hoje é vista por alguns como uma pausa para a reflexão a respeito das dificuldades enfrentadas entre aberturas, fechamentos e restrições de horários do comércio há quase um ano e meio. “Estamos passando por um desafio, não é um momento de celebração, talvez no ano que vem. O home office para os trabalhadores do Centro atrapalha a gente, porque a maior parte dos nossos clientes trabalham aqui”, destacou Giovanna Bio Paccena Carneiro, de 45 anos, proprietária de uma loja de camisas, na Praça Ruy Barbosa.
Situação que também é motivo de queixas de Artur Harutin, de 78 anos, dono de uma loja de calçados com 70 anos de existência no Centro de Santos. Desde março de 2020, o comerciante reduziu seu quadro de funcionários de dez para quatro, que já estava sendo reduzido, por causa da falta de clientela na região da central da Cidade, um problema antigo que piorou com a pandemia. “Eu não pago aluguel, se eu tivesse que pagar aluguel já estava despejado”, desabafou.
Contudo, mesmo com os problemas no comércio, só na Baixada Santista 1200 estabelecimentos fecharam as portas em 2020, valor que corresponde a 10% do total, segundo o Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio-BS, ainda há perspectivas para o setor. “Estamos com as lojas abertas, com 60% de ocupação e horário estendido até às 23h, dessa forma, quase todas as necessidades do comércio são atendidas, então precisamos comemorar”, comemorou o presidente do Sincomércio-BS, Omar Abdul Assaf.
Otimismo que o faz projetar a melhora do comércio da região para o segundo semestre de 2021. “A gente tem uma expectativa muito grande para que o comércio melhore, porque não está bem, é como se tivesse pegado Covid, encaminhado para UTI, entubado, mas ainda tem sequelas. Esperamos que as lojas não sejam fechadas e comecem a abrir”.
Perspectiva positiva compartilhada também por comerciantes, mas com ponderação. “Acho que essa data (Dia do Comerciante) serve como reflexão sobre as novas alternativas para o trabalho de lojista, porque realmente fomos muito afetados pela pandemia e ainda estamos nos recuperando”, finalizou Giovanna
