Jovens de Santos esperam que Cidade siga em evolução

Nos 476 anos do Município, A Tribuna ouviu moradores de vários bairros e suas expectativas para o futuro

Por: Redação  -  26/01/22  -  21:15
A Tribuna ouviu moradores de vários bairros e suas expectativas
A Tribuna ouviu moradores de vários bairros e suas expectativas   Foto: Pixabay

Tradicionalmente bem posicionada nos levantamentos nacionais sobre qualidade de vida, Santos tem potencial para oferecer ainda melhores serviços e condições aos seus cidadãos. Situada em uma posição geográfica privilegiada, tão próxima da metrópole efervescente de São Paulo quão perto do que resta da Mata Atlântica no litoral paulista, seja ao norte ou ao sul, a Cidade conquista os corações de quem aqui nasceu ou se fixou nessa terra. Mas precisa resolver velhos problemas, como a pobreza em determinadas regiões e comunidades e a falta de oportunidades no mercado de trabalho.


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A Tribuna ouviu jovens moradores de vários bairros para ter uma ideia de como eles enxergam a Cidade, quais as suas expectativas sobre o futuro e o que é necessário fazer para que Santos se mantenha como uma das referências no cenário nacional, superando antigas demandas e anseios de sua população.


Se os elogios às belezas naturais e ao estilo de vida descontraído à beira mar são constantes, vários dos entrevistados acreditam que a Cidade tem muito ainda a evoluir em vários aspectos. “Boa parte do descaso que as pessoas da Zona Noroeste sofrem é desconhecida pela maioria da população jovem e eu espero que isso mude no futuro. O investimento na arte local é outra coisa que se faz necessária”, cobra Letícia Lopes Ferreira, de 17 anos, moradora do Marapé.


Apesar de frisar que tem um “carinho imenso pela Cidade”, a estudante do ensino médio Sofia Moreira Nunes, 14, moradora da Encruzilhada, também cobra mudanças. “A Cidade falha miseravelmente em questão de inclusão de pessoas com deficiência. Muitas das ruas não são asfaltadas corretamente, não temos pisos guia para cegos em todos os lugares, apenas aqueles que concentram o comércio, o que é algo que deveria ser mudado. Eu espero o melhor da Prefeitura e moradores para fazer a Cidade um lugar harmônico para todos, todas e todes”.


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“Moro em Santos a minha vida toda, e sempre gostei muito daqui. Não sinto vontade de sair, pois moro num bairro bom, numa região privilegiada, perto de shoppings, praia... A Cidade sempre foi muito bonita, principalmente a orla. Pra mim, o que falta em Santos são políticas públicas que envolvam não apenas a parte turística, mas sim a parte que ninguém vê. Santos tem a maior palafita da América Latina e não vejo isso sendo falado ou discutido por aqui”. Gaia Maria Paiva, 19 anos, Embaré, estudante de Direito


“Moro em Santos desde que nasci e acompanhei mudanças boas e ruins na Cidade. Mas não são mudanças que me fazem querer passar minha vida aqui, já que sei que poderia ter melhores oportunidades que a Cidade não me proporciona. Espero que sejam estimuladas mais atividades na área da cultura. Quando eu era menor, tinham muitas peças de teatro feitas pela Prefeitura, mas agora, que tenho um irmão mais novo, não vejo tantas atividades que ele possa participar fora da escola”. Sofia Moreira Nunes, 14 anos, Encruzilhada, estudante do Ensino Médio


“Moro em Santos há mais de oito anos e me sinto muito confortável aqui. Tenho expectativas de que cada vez mais a Cidade irá crescer e construir uma qualidade de vida maior para a população e aos turistas que a visitam. Santos é um lugar muito bom de morar, porque praticamente tudo é perto e tranquilo de chegar por ter vários meios de transporte. Além de ser uma Cidade linda, com praia e pontos turísticos interessantes, um dos motivos que me faz querer ficar aqui é a tranquilidade e a segurança”. Valentina Athayde Moreira, 15 anos, Boqueirão, estudante do Ensino Médio


“A maioria dos jovens tem a tendência de querer sair de Santos, mas eu suponho que isso aconteça devido à falta de investimento em atividades e oportunidades que interessem aos jovens: a expansão de uma cultura artística e política, às quais Santos costumava abarcar fortemente, em especial no período pré-ditadura. Acredito que o espírito da arte e do discurso político se perdeu ao longo dos anos, deixando a população jovem sem uma identidade que a faça querer permanecer por aqui”. Letícia Lopes Ferreira, 17 anos, Marapé, vestibulanda de História


“O que falar da nossa amada Santos? A Cidade mais linda que já conheci! Eleita a melhor Cidade para se viver no Brasil, e eu sinto um imenso orgulho por ter nascido e por viver aqui. Quem é de Santos ou vem para Santos não quer mais ir embora! Santos está crescendo e evoluindo a cada dia. Porém, vejo que existe a necessidade de um reforço na segurança dos nossos munícipes. Tornando-se assim uma Cidade mais segura para se viver!” Júlia Otília Sousa de Oliveira, 23 anos, Macuco, auxiliar administrativo


“Moro no bairro da Aparecida, tenho hábito de pedalar muito pelas ciclovias para ir à escola e outros locais. Deveriam fazer manutenção nas ciclovias, pois ando de bicicleta e vejo diversos acidentes, em função de muitos buracos e falta de manutenção durante o trajeto. Com isso, as pessoas acabam caindo e se machucando, como aconteceu várias vezes comigo. Também tinham que aumentar os projetos sociais ligados ao esporte, para dar mais oportunidades aos jovens da Cidade, pois Santos é um celeiro de atletas”. Thiago Evangelista Chaves, 14 anos, Aparecida, estudante do Ensino Médio


“Eu gosto de Santos, pois, mesmo tendo seus problemas como qualquer outra Cidade, é um lugar tranquilo e bom para se viver. Muito por conta da quantidade de projetos sociais, shows e eventos que acontecem. Acredito que uma das coisas que poderia melhorar em Santos seria o uso da tecnologia no cotidiano. Por exemplo: o pagamento da tarifa de ônibus poderia ser feito com o cartão de débito, uma tecnologia útil e que já existe em cidades como São Paulo”. Bruno Roberto Vieira Ferreira, 19 anos, São Jorge, estudante de Publicidade e Propaganda


“A Cidade é muito boa, porém, existem problemas em Santos, como o funcionamento dos semáforos. Como eles abrem e fecham muito rápido, é horrível e um risco às pessoas mais velhas. O mercado de trabalho está meio saturado, pois a maioria das lojas do comércio está fechando. O transporte público é um pouco ruim em questão da distribuição pela Cidade. Na minha opinião, Santos tem muito mais potencial para crescer em todas as áreas, porém, este potencial é pouco explorado”. Gabriel Busatti, 18 anos, Saboó, universitário


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