Jovem resgata cadela que caiu em canal de Santos e história emociona web

“Um anjo na minha vida e na da Belinha”. É assim que a comerciante e protetora de animais Rane Dória, de 47 anos, descreve o jovem que correu atrás da cadela Belinha após ela fugir da coleira e correr pelas ruas de Santos até cair dentro do Canal 4 no último sábado (18). A história foi compartilhada nas redes sociais e encantou centenas de internautas.

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Em conversa com A Tribuna, Rane conta que mora em Cubatão, mas tinha ido a Santos para levar o animal – que é de uma família amiga - em uma clínica veterinária para castrá-lo: “A gente corre para Santos porque é tudo mais acessível”. No entanto, ao sair do táxi dog, Belinha escapou da coleira e começou a correr pelas ruas.

“Eu estava pedindo um milagre para Deus, porque imaginava que a qualquer momento ela podia ser atropelada”, destaca a mulher, que atua como protetora de animais há cerca de sete anos. Durante a ‘corrida’ atrás da cadela, Rane encontrou um jovem e perguntou se ele vira o animal. O rapaz, que se chama Thiago, confirmou e se pôs a ajudar a comerciante, também correndo atrás da cadela. “Mas ela estava muito assustada. Quanto mais ele corria, ela corria mais”, relata.

Segundo a protetora de animais, a cachorra fugiu na Rua Oswaldo Cochrane e só parou quando caiu dentro do Canal 4, na Avenida Siqueira Campos. “Quando eu cheguei perto do canal, já não tinha mais fôlego”, enfatiza a mulher, que começou a perguntar na rua quem tinha visto a cadela e um jovem correndo. Foi então que lhe disseram que um animal tinha caído no canal.

Além de Thiago, outros dois rapazes entraram no canal, resgataram o animal e devolveram para Rane. “Eu já estava muito nervosa, então eu desabei, comecei a chorar”, conta a protetora, dizendo que todos foram anjos.

No entanto, ela se surpreendeu mais uma vez com a atitude de Thiago. Isso porque ele chamou e pagou um motorista de aplicativo para que a mulher pudesse retornar para a clínica veterinária. “Foi um menino muito gente boa, bacana e sensível”, destaca Rane. A cadela passou por consulta e ficou bem - ela nada sofreu na queda.

A comerciante revela que postou um relato na internet como forma de gratidão: “Por saber que pessoas que não tinham nada a ver com a história se preocuparam e deram o seu melhor para que a Belinha ficasse bem”. Segundo ela, muita gente ajuda, mas, como protetora, também já presenciou a maldade contra os bichinhos.

Belinha
Segundo Rane, a cadela Belinha tem nove meses. “Ela era a mais ‘feinha’ da ninhada, ninguém ficava muito interessado”, explica. No entanto, a cachorra foi escolhida pelo filho de um casal, que se apaixonou pelo animal ‘excluído’ pelas outras famílias. Foi assim que Belinha encontrou o seu lar.