Grupo 'Voluntários do Riso' emociona com trabalho de apoio em hospitais, asilos e creches

ONG de Santos atua com diversos programas em instituições da região

Por: Verônica Sampaio & De A Tribuna On-line &  -  07/03/19  -  09:04
Página do projeto no Facebook conta com mais de 20 mil curtidas
Página do projeto no Facebook conta com mais de 20 mil curtidas   Foto: Reprodução/Facebook

“Esse projeto é a coisa mais importante que surgiu na minha vida depois de ter sido mãe. É o terceiro maior presente que Papai do Céu me deu”. O depoimento é da conciliadora Denise Monteiro, de 42 anos, que há três integra o grupo 'AAS Cidadania - Doutores Voluntários do Riso'. A iniciativa realiza trabalho de apoio em hospitais, asilos e creches da Baixada Santista.


“O objetivo principal do grupo é voltado aos hospitais, ou seja, levar às pessoas enfermas alegria, amor e atenção. No entanto, também fazemos esse maravilhoso trabalho em escolas, creches, casas de apoio e comunidades carentes”, disse Denise, que entrou para o projeto em 2016 e, desde então, não parou.


O grupo 'Doutores Voluntários do Riso' promove corte de cabelo gratuito, participa de campanhas contra a violência à criança e ao adolescente, maus-tratos aos idosos, contra o câncer, para a doação de sangue, entre outras. São realizadas atividades de canto, pintura facial infantil, dança, teatro, mímica e contação de histórias infantis.


“Esse projeto transforma as pessoas. No meu caso, me tornei uma pessoa menos egoísta, mais tranquila, disposta e disponível para ajudar o próximo. Querer menos ‘ter’ para mais ‘ser’, e estar presente na vida daqueles que precisam de um olhar, uma atenção. Isso é amor”, revelou.


Denise conta que já participou de ações de corte de cabelo
Denise conta que já participou de ações de corte de cabelo   Foto: Reprodução/Facebook

Idalina Galdino Xavier, de 62 anos, conselheira tutelar e pós-graduada em Políticas Sociais, conta que, além da humanização em hospitais, o projeto visa transformar a internação hospitalar de crianças e adolescentes em um momento mais alegre e saudável.


A fundadora do projeto explica que, nas creches, escolas e casas de apoio, eles levam, de forma lúdica e divertida, educação ambiental, incutindo valores esquecidos neste século, como respeito ao ser humano e à natureza, dignidade, cooperação, união, paz e amor.


“Nós temos consciência da necessidade de fazer vir à tona princípios e valores morais nas crianças, jovens e adolescentes, porque só assim a violência juvenil e a criminalidade diminuirão”, afirmou.


Projeto atende diversas instituições da Baixada Santista
Projeto atende diversas instituições da Baixada Santista   Foto: Reprodução/Facebook

Idalina diz o que o projeto mudou sua vida. “Passei a valorizar os detalhes, como comer, beber, sorrir e andar, sem sentir dores. Saber que tudo que fizermos ao próximo é pouco diante de tudo que Deus nos deu”, comentou.


Gian Karlo Xavier, de 44 anos, professor e conselheiro tutelar, conta que a ONG não recebe apoio nenhum. “Somos compostos por voluntários de diversos setores da sociedade civil, e qualquer um pode participar. Trabalhamos, também, com idosos, com resgate da autoestima e valorização da melhor idade“, disse.


O professor explica que sempre que entram em um quarto, precisam de, no mínimo, duas pessoas, pois se uma ficar mal ou afetada, tem a outra para ajudar. “Dizemos que os doutores são anjos de uma asa só, porque precisamos do colega para poder voar”, comentou.


As ações promovidas pela ONG são diversas, desde trabalhos de cidadania nas ruas, passando por Natal, Páscoa e até Dia das Crianças. “Também participamos de palestras, onde não vamos caracterizados, mas falamos da importância do voluntariado como promoção de qualidade de vida”, comentou.


ONG prepara e treina seus voluntários para serem profissionais capacitados em todas as instituições
ONG prepara e treina seus voluntários para serem profissionais capacitados em todas as instituições   Foto: Reprodução/Facebook

Gian diz que, para ele, a importância do projeto é muito grande, pelo que representa. “Eu amo o projeto, e digo que ele é minha religião. Esse é um trabalho que, se Deus permitir, eu nunca vou parar, e vou passar para a minha filha, e treinar mais e mais pessoas para que possam dar continuidade sempre”, finalizou.


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