Grávidas de Santos reclamam de demora na imunização contra a covid-19

A espera pela vacinação de grávidas e puérperas gerou críticas nesta segunda-feira (17), em Santos. Na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um dos 17 postos de vacinação da Cidade, estas mulheres chegaram a ter que aguardar 1h30 pela imunização.

“Fomos informadas que só teriam 30 doses para as gestantes, e que só poderiam abrir um frasco se juntassem 10 gestantes, pois em cada vidro tem 10 doses”, disse Luanna Tayrine Araujo de Sousa, de 33 anos, grávida de cinco meses.

Ela completou: “Você faz um grupo de grávidas de alto risco esperar por sei lá eu quantas horas, com frio, fome, querendo ir ao banheiro e sem ter essa estrutura (para oferecer)”, criticou.

Vanessa Neves da Silva Seffrin, de 38 anos e grávida de 8 meses, também se queixou de ter que aguardar. “Tem que abrir um lote (frasco) só para gestantes (ou puérperas)”. Ela informou ter chegado às 7 horas.

Segundo Luanna, faltou organização e sensibilidade na condução do caso. “Ficamos esperando até 9h30 para tomar a dose. Abriram uma exceção (de não aguardar as 10 gestantes) porque fomos reclamar”.

AstraZeneca

As grávidas e puérperas serão imunizadas pela CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão da Oxford/AstraZeneca após uma grávida vacinada ter morrido – o caso está sob investigação.

Resposta

Em nota, a Prefeitura informou que, uma vez aberto o frasco, as doses têm validade de 6 horas. “A medida foi adotada para evitar perda de doses devido à pouca disponibilidade do imunizante e a necessidade de destinação exclusiva desse quantitativo para as gestantes e puérperas. Caso o município recebesse frascos unidose, não haveria a necessidade de espera”.

Ainda de acordo com a Administração Municipal, a espera no posto de vacinação montado na Paróquia não passou de 30 minutos. A Reportagem esteve no local e confirmou que as primeiras gravidas aguardaram 1h30 para serem vacinadas.