Funcionários da prefeitura de Santos podem ter mais exigências para receber acréscimos no salário

Projeto de Lei Complementar, que passou em segunda discussão no Legislativo, altera alguns critérios no pagamento

Por: Sandro Thadeu  -  02/06/21  -  19:13
  Uma das modificações prevê que adicional de titularidade seja pago somente aos funcionários estáveis
Uma das modificações prevê que adicional de titularidade seja pago somente aos funcionários estáveis   Foto: Matheus Tagé/AT

A Câmara de Santos aprovou nesta terça-feira (1º), em segunda discussão, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que altera os critérios do adicional de titularidade pago mensalmente aos servidores municipais desde 2012. De autoria do Executivo, a proposta foi alvo de críticas dos sindicatos que representam a categoria. Alguns de seus representantes acompanharam das galerias as discussões sobre o tema. A cada voto favorável, os vereadores eram vaiados pelo público. Os únicos que receberam aplausos foram os vereadores de oposição contrários à propositura: Débora Camilo (PSOL), Chico Nogueira e Telma de Souza (ambos do PT).


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Uma das modificações prevê que esse benefício seja pago somente aos funcionários estáveis (ou seja, que não estão em estágio probatório). A outra mudança estabelece que isso só será pago se a especialização feita estiver relacionada à área de atuação do funcionário público.


Como o PLC recebeu 12 emendas, elas ainda serão analisadas pela Comissão Permanente de Justiça e Redação (CJR) e o texto ainda poderá sofrer modificações. Na avaliação de Telma, é inconcebível que o PLC tenha sido pautado na Casa sem uma discussão prévia com as entidades de trabalhadores. “Erra o Executivo quando faz esse encaminhamento. Erra esta Casa quando não adia essa discussão para haver um diálogo com os sindicatos”, frisou.


O presidente do Legislativo, Adilson Júnior (PP), esclareceu ao público que somente o chefe do Executivo, por ser o autor do texto, tem o poder de tirar o PLC da pauta do Legislativo. Chico relembrou que o texto foi encaminhado à Casa em 2019 e que havia o compromisso, na gestão anterior, de discutir melhor a proposta. Débora também criticou a falta de diálogo com os servidores. E disse que não tolera a retirada de conquistas da classe trabalhadora.


O líder do Governo, Rui De Rosis (PSL), discordou de Telma ao dizer que a Casa errou nesse caso, já que o PLC está em tramitação na Câmara há dois anos. Ele citou ainda que a Prefeitura gastará R$ 58 milhões neste ano, para pagar o adicional de titularidade, e que as mudanças servem para corrigir, no futuro, as distorções atuais. “Será que o cidadão santista quer pagar por mês R$ 627,00 (valor recebido por quem tem pós-graduação lato sensu), mais de R$ 8 mil por ano, para um servidor que trabalha em uma repartição pública e se especializou em Gastronomia? Isso não é investimento, é presente”, justificou.


Ele lembrou que não haverá mudança para quem já recebe o adicional.


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