Funcionários da CET-Santos decidem paralisar atividades nesta terça-feira
Categoria reivindica reajuste salarial e critica a Prefeitura, que teria oferecido apenas um abono
Atualizado em 19/04/22 - 15:28
Em assembleia na noite desta segunda-feira (18), na sede do Sindaport, na Vila Mathias, os funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades a partir desta terça (19).
De acordo com Milton Salgado, diretor de comunicação do Sindicato dos Agentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Sindviários), a greve foi deflagrada diante da postura da Prefeitura, que se negaria a atender as reivindicações da categoria. Eles reivindicam 2,88% de reajuste referente ao período 2020/21 e 9,06% relativo a 2021/22.
“Estamos saindo do Sindaport e caminhando para a porta da CET para impedir que o pessoal do turno da noite entre. Nesta terça haverá um ato em frente à sede da CET, por volta das 7h30, 8 horas. Toda atividade operacional e de manutenção está parada, não sai ninguém”, disse Salgado.
Segundo o sindicalista, 130 funcionários participaram da assembleia na noite desta segunda-feira e votaram a favor da paralisação. Desde o dia 6 passado, eles iniciaram, como forma de protesto, a Operação Padrão, com a diminuição de autuações e restrição de atividades por questões de segurança envolvendo EPIs e veículos da companhia.
“Não tivemos reajuste salarial em 2020 e 2021 e estamos desde novembro negociando com a empresa, mas eles querem dar zero de aumento salarial e zero no Vale Refeição, Vale Alimentação, Auxílio Creche, em tudo. Ofereceram apenas abono de 2,46% para 2020/21 e de 3% sobre o valor corrigido, mas não incorporado, para 2021/22. Esses abonos não cobrem a inflação do período e não são incorporados aos salários”, afirmou Salgado.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura divulgou que "a CET Santos está em negociação do Acordo Coletivo de Trabalho com o sindicato da categoria". De acordo com a Administração, "a proposta de reajuste apresentada para este ano é a mesma acordada pela Prefeitura. Ou seja, 10,06% sobre salários e demais benefícios". Os índices retroativos aos dois últimos anos seguem em negociação, segundo a Prefeitura.
