Festival do Imigrante traz várias atrações no Centro Histórico de Santos

Segunda edição do evento termina neste domingo (21)

Por: Júnior Batista  -  21/11/21  -  07:20
Atualizado em 21/11/21 - 09:57
O bonde, que também faz uma linha turística, conta com uma intervenção artística feita por atores da Companhia É Vero de Teatro
O bonde, que também faz uma linha turística, conta com uma intervenção artística feita por atores da Companhia É Vero de Teatro   Foto: Matheus Tagé/AT

Quem for ao Centro Histórico de Santos neste domingo (21) ainda consegue ter um gostinho do Festival do Imigrante, que encerra sua segunda edição com dezenas de atrações, entre elas a culinária de mais de dez países que, segundo a organização da festa, colaboraram com o desenvolvimento do Brasil.


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A comemoração se estende pelo bonde turístico, Praça Mauá, Bulevar da Rua XV de Novembro, Rua do Comércio, Estação do Valongo, Museu Pelé, Museu do Café e Rua Tuyuti, com atrações homenageando a cultura da Bélgica, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, países árabes e africanos, Portugal e Paraguai.


A advogada Miriam Milani Fujihara, de 55 anos, aproveitou o sábado (20) de tempo encoberto, mas sem chuva, para andar a pé pelo Centro e foi da Praça Mauá até a Estação Valongo, onde acontece o festival gastronômico. “Achei excelente a ideia de trazer culinária de diversos países, acho que poderiam estender também para as delícias brasileiras e fazer pratos dos Estados”, opina ela.


Miriam também disse que iniciativas como esta valorizam mais o Centro, local em que as pessoas deixam de ir por falta de segurança e atrativos. “Gostei muito da organização também, ficou bonito. Espero que sempre haja iniciativas deste tipo”, disse.


O funcionário público Vinicius Câmara Bailoni, de 34 anos, é assíduo nessas festividades. “Sempre que há festivais eu procuro participar. É uma forma também de vir ao centro”, diz ele, fazendo a ressalva que ainda é um pouco complicado para quem quer seguir até o lugar de carro.


Por conta da festa, algumas ruas do entorno do festival foram bloqueadas pela CET Santos, o que, em sua opinião, dificultou um pouco a chegada ao local.


A Estação do Valongo é o local com mais atrações. Além dos pratos típicos, há a feira de artesanato
A Estação do Valongo é o local com mais atrações. Além dos pratos típicos, há a feira de artesanato   Foto: Matheus Tagé/AT

Mais atrações
A Estação do Valongo é o local com mais atrações, das 11h às 18h. Além dos pratos típicos, há a feira de artesanato Feito em Santos, exposição de carros antigos e visita monitorada à oficina dos bondes (das 11h às 16h). A feira de artesanato criativo está montada na Praça Mauá, das 11h às 18h. É de lá que sai o tour à pé pelo Centro Histórico com o tema Imigração em três horários: 13h, 14h30 e às 16h.


O corretor de imóveis Antônio Martins, de 56 anos, foi com a esposa, Cátia Cristina, professora de 47 anos, ver a exposição de carros. Para ele, o lugar mais bacana. “Sempre acompanho mostras de carros, acabamos de retornar de Águas de Lindóia (SP), onde houve uma exposição de antigos. Sou fascinado, tive um Fusca e meu pai também, então é uma paixão”, afirma ele.


O bonde faz, também, uma linha turística. E há uma intervenção artística no local, feita pela Companhia É Vero de Teatro. Mônica Marques, de 58 anos, Alessa Canada, de 39, o filho Fábio Canada, de 15, e Alan Plocki, de 43, apresentam a intervenção Imigrantes, Retrato de Quem Vem. Na peça, quando a família desembarca em Santos, o filho Mateo não quer saber mais de trabalhar em fazenda e fica encantado com a Bolsa do Café. Ele aproveita um momento de foto para se desvencilhar da família e fugir. “É muito bacana esse tipo de intervenção, porque envolve as pessoas ao redor, elas interagem. É muito bom”, afirma Mônica.


Dança e música
A Rua Tuyuti recebe o cantor Aymeric Frerejean, a partir do meio dia, interpretando versões francesas de sucessos da MPB e músicas autorais, além de apresentações de Portugal, Espanha, Grécia, Itália e Cabo Verde. A banda Jazz Walkers também faz apresentações itinerantes pelos locais da festa.


Os museus Pelé e do Café têm oficinas gastronômicas de comidas típicas, dança, origami e mangá e até uma palestra que ensinará os participantes pesquisarem sobre seus antepassados. O Museu Pelé também recebe uma mostra de produções audiovisuais internacionais e exposições de arte.


Para as crianças, há apresentações lúdicas e brinquedos infláveis na Rua Comendador Neto, das 11h às 18h.


Esta é a segunda edição do evento, que aconteceu pela primeira vez em 2019, antes da pandemia, e reuniu mais de 15 mil pessoas, segundo a Prefeitura.


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