Feirantes relatam 'desespero' com dias de lockdown e perda de faturamento no litoral de SP

A equipe de A Tribuna entrevistou pessoas no último fim de semana de feira, antes do início do lockdown

Por: Jordana Langella  -  22/03/21  -  14:48
  Foto: Jordana Langella/ AT

Após anúncio do lockdown,que começanesta terça-feira (23), em toda a Baixada Santista, consumidores de frutas, verduras e legumesfrescosaproveitaram o último fim de semana de feira.De acordo comas novas medidas da fase emergencial do Plano São Paulo,a categoria só poderá trabalhar no formatode‘delivery’.


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A equipe de ATribuna.com.brfoi conferir o movimento da feira doEmbaré,na Rua Delfim Moreira, em Santos,no último sábado(20), e ouviu a opinião da população e feirantes sobreas novas restrições. Confira avideorreportagemacima.


A maior parte das pessoas ouvidas ao longo da produção desta reportagem demonstrou preocupação com a situação financeira dos feirantes, que serão impedidos de colocarem suas barracas nas ruas. É o caso, por exemplo, doKlevertonViana dos Santos, que trabalha na feira há mais de dez anos e estima um prejuízo grande para os próximos dias,de aproximadamenteR$ 5 mil por semana-valor que corresponde a seis feiras, sem contar os gastos com funcionários.


Feirante em Santos, no Embaré
Feirante em Santos, no Embaré   Foto: Jordana Langella/ AT

Já outros feirantes, como Ana Gabriela Queiroz, de 36 anos, eMarinaldoBento Rodrigues,de 53, questionam como vão pagar contas básicas, como aluguel, águae gastos com alimentação, tendo em vista a estimativa de diminuição de renda. “Está todo mundo desesperado com esse fechamento, todo mundo paga aluguel, todo mundo tem que sustentar sua família. Está todo mundo no desespero”, desabafou Ana Gabriela.


Em contrapartida, parte das pessoas ouvidas pela reportagem acredita que mesmo com os danos econômicos, a preservação da vida e saúde da população, no momento mais crítico da pandemia,precisamser prioridades agora.


Feira em Santos, no Embaré
Feira em Santos, no Embaré   Foto: Jordana Langella/ AT

É o caso, por exemplo, do aposentadoJoséFransciscodos Santos Filho, de 63 anos,queacreditaque as feiras devem ser fechadas para diminuir a quantidade de mortos.“Tem muita gente morrendo, tem pouco leito e eu não quero ser uma dessas pessoas”, alertou.


Já a professora Gisele Aparecida Madureira da Silva, de 46 anos, afirma que está exausta com as mudanças de restrições,porémacha que só o isolamento social tem força para conter o avanço dapandemia.“Vai ficar complicado tanto para quem trabalha, quanto para quem consome, só que diante de tudo oque está acontecendo, diante da maioriaque nãoobedeceasregras, eu achoque énecessário, mesmo complicando a vida de ambas as partes”, finaliza.


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