Exposição de carros antigos volta a acontecer no Centro de Santos

Evento reiniciou neste sábado, e fuscas cheios de histórias dominaram a cena

Por: Rosana Rife  -  15/08/21  -  07:55
 Após quase 1 ano e meio, suspenso por conta da pandemia, evento retorna com força total
Após quase 1 ano e meio, suspenso por conta da pandemia, evento retorna com força total   Foto: Matheus Tagé/AT

Após praticamente um ano e meio, a exposição de carros antigos voltou à Praça Mauá, no centro, de Santos. O evento, promovido pelo Clube de Automóveis Antigos de Santos (CAAS), com apoio do Município, ficou suspenso devido à pandemia da covid-19 e agora volta para chamar a atenção de quem aprecia raridades e estava com saudades das apresentações.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Os fuscas dominaram o retorno da ação. O aposentado Edelzio Costa Pina, 70 anos, trouxe um modelo de 1971 e desde 2008 está sob os cuidados dele. O carro teve um único dono: o pai dele. “Ele faleceu em 2006. Mas tinha uma paixão pelo fusca. Minha mãe morreu um ano depois. O carro ficou um ano na garagem. Restaurei e não larguei mais”.


Afinal, o veículo faz parte da história da família. Levou Edelzio e mulher para a lua de mel em Campos do Jordão. Também o acompanhou a duas viagens ao rio de Janeiro. “E meu pai foi até Aracaju (SE) visitar parte da família com ele”.


 Edelzio Pina só mudou o estofamento do carro, que pertenceu ao pai
Edelzio Pina só mudou o estofamento do carro, que pertenceu ao pai   Foto: Matheus Tagé/AT

A cor é original, os acessórios são todas da época e as rodas são réplicas. “Só mudei a cor do estofado porque gosto do caramelo imitando um Porche”.


O sonho dele agora é que o carro não saia nunca da família. “Pensei que meu filho, Bruno, cuidaria dele. Mas ele faleceu em 2015. Agora vamos ver se meus netos vão herdar essa paixão”.


Novinhos


O engenheiro Civil Guilherme Cardoso Di Bernardi, 25 anos, prova que carro antigo também é paixão dos novinhos. Ele divide o amor pelo carro com o pai, Danilo Guilherme de Bernardi. “Meu avô tirou esse fusca zero da loja em 1968. Está todo original. Ele dirigiu até a família fazê-lo trocar por um carro mais seguro, com air bag , por conta da idade. E eu aprendi o amor por carros antigo com eles”.


 Guilherme Di Bernardi e o modelo 1968, que o avô comprou zero-quilômetro: “Amor por carros antigos”
Guilherme Di Bernardi e o modelo 1968, que o avô comprou zero-quilômetro: “Amor por carros antigos”   Foto: Matheus Tagé/AT

Guilherme conta que já recebeu diversas propostas para vender o fuscão. “Nem penso nisso. Espero que fique na família por umas dez gerações”.


Foi o pequeno Raphael, 10 anos, que convenceu o pai Alexsandro Ciccone, 45 anos a comprar um fusca há um mês. O menino é apaixonado pelo carro praticamente desde bebê, brinca o pai. E advinha qual foi o tema da festa de aniversário de 7 anos? Sim, fusca. Teve até bolo no formato do carro.


E esse amor une toda a família. A mãe, Gisele, 47 anos e a filha Giovanna, 14 anos, também se renderam à paixão. Aliás, o ganha-pão da família é uma hamburgueria. “E todo o cardápio é formado por lanches com nome de carros”, conta Alexsandro.


 Alexsandro Ciccone, a mulher, Gisele, e os filhos Raphael e Giovanna
Alexsandro Ciccone, a mulher, Gisele, e os filhos Raphael e Giovanna   Foto: Matheus Tagé/AT

O evento ocorre no segundo segundo sábado de cada mês, na Praça Mauá, das 10h às 16h.


Logo A Tribuna