Expectativa e medo de contrair Covid-19 marcam 1º dia de reabertura do comércio em Santos
Após liberação da prefeitura, lojas do Centro Histórico abriram as portas pontualmente às 11h; filas se formaram em frente aos estabelecimentos
No dia seguinte à edição de regras que flexibiliza a retomada econômica santista, lojas do Centro Histórico de Santos abriram pontualmente às 11h desta quinta-feira (11). O movimento foi possível após a Baixada Santista entrar na fase laranja no Plano São Paulo, que prevê a reativação gradual das finanças paulistas.
Apesar do clima de esperança pela manutenção de empregos e flexibilização das regras, muitos relataram o temor em contrair a doença. "Tenho medo, ainda mais pela minha idade, mas tenho que trabalhar. Só quem sabe o que é não ter o que comer entende", diz a comerciante Rosa Maria dos Santos, de 64 anos.
Aos poucos filas se formavam em frente a grandes lojas, mas muitos estabelecimentos permaneceram de portas fechadas.
Em entrevistas anteriores à ATribuna.com.br, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santos, Omar Abdul Assaf, alertava que o susto seria grande quando as atividades fossem liberadas de forma gradual. Segundo ele, muitas lojas estariam fechadas.
Agentes da Guarda Municipal, Prefeitura de Santos e Polícia Militar realizam fiscalizações nos comércios. As multas vão até R$ 10 mil para o estabelecimento aberto sem permissão e de R$ 3 mil para quem não cumprir as normas de prevenção à Covid-19.
O que é permitido:
Comércio de rua: a reabertura começa com atendimento limitado a 30% da capacidade e horário de funcionamento. Na Região Central (Valongo, Centro, Paquetá, Vila Nova e Vila Mathias), os estabelecimentos abrem de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h. Nas demais regiões da cidade, de terça-feira a sábado, das 13h às 19h. Por enquanto, seguem fechados os shopping centers.
Escritórios e prestadores de serviços: também com 30% da capacidade, escritórios (contabilidade, advocacia, etc.) e prestadores de serviços técnicos (locadoras, conserto de eletrônicos etc.) podem atender o público das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira, em toda a cidade.
Hotéis: hotéis e pensões de todo o município podem receber hóspedes que estejam em Santos a negócios (não a turismo) ou com contrato de moradia superior a 30 dias. Cada estabelecimento pode disponibilizar, no máximo, 30% dos leitos, mesmo percentual válido para motéis. Não há restrição de dias ou horários para esses serviços. Na entrada da cidade, a GCM e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) seguem realizando bloqueio, parando e orientando motoristas de veículos com placas de fora da Baixada Santista que venham para fins turísticos.
Templos religiosos: vetados para quem tem mais de 60 anos (principal grupo de risco da Covid-19), igrejas e demais templos religiosos de Santos podem receber apenas 30% da capacidade de público, sem restrição de dias ou horários.
Concessionárias e imobiliárias: imobiliárias, concessionárias e revendedoras de veículos podem abrir de terça-feira a sábado, das 10h às 16h, em toda a cidade, com 30% da capacidade de clientes.
Salões de beleza: sem restrição de dias ou horários, salões de beleza e clínicas de estética podem atender em todos os bairros, com 30% da capacidade, apenas clientes com hora marcada, sem portas abertas para clientes eventuais.