Exército desloca mais de 100 soldados para trabalharem nos morros de Santos

Auxílio foi solicitado pela prefeitura, que prevê regularizar os problemas dentro de 180 dias

Por: Matheus Müller  -  12/03/20  -  01:14
  Foto: Matheus Tagé/AT

O Exército começou, nesta quarta-feira (11), a trabalhar na limpeza do Monte Serrat e da Rua Tiro Naval, em Santos. Os dois pontos foram atingidos por deslizamentos, resultando na queda de pedras e vegetação. São mais de 100 soldados na missão, sendo 50 do 2º Batalhão de Infantaria Leve do Exército, de São Vicente, e outros de Osasco e Barueri. Os oficiais trabalharão em dois turnos, com 50 homens, a cada 12 horas.


“A tropa está nos ajudando na limpeza, desobstrução de vias e recomposição desses locais. É um trabalho progressivo, com os soldados depois [podendo ser deslocados] para outras regiões”, disse Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que solicitou o apoio do Exército.


“Fomos acionados pela Prefeitura de Santos e, devidamente autorizados pelo Comando Militar do Sudeste, começamos os trabalhos. A missão é essa, atender de maneira emergencial [as áreas afetadas] para trazer a normalidade o mais rápido possível”, conta o general de brigada Alexandre de Almeida Porto.


Os militares se juntam a outros 230 profissionais da prefeitura, que trabalham em morros e encostas atingidos pela tempestade nos dias 2 e 3 deste mês. Ao todo, na cidade, oito pessoas morreram, sendo cinco no Morro São Bento, duas no Tetéu e uma no Pacheco.


O prefeito informou que, antes da limpeza, um geólogo da Defesa Civil avalia as condições do terreno para garantir a segurança dos trabalhos.


Barbosa também citou os pontos em que as intervenções devem ser prioritárias, como a Rua Santo Antônio do Valongo, que está interditada; o Morro do Pacheco, onde teve deslizamento; a Rua Santa Marta, no São Bento, além de outras 17 obras, com “prioridade absoluta”.


As obras serão realizadas com os R$ 15 milhões de repasse do estado a um prazo de até 180 dias, segundo o prefeito.


Desabrigados


A prefeitura informa que são 275 famílias desalojadas pelas chuvas, sendo que 56 aceitaram acolhimento nos abrigos municipais.


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