Estado investiga novo caso suspeito da variante Delta em Santos

Ao todo, Baixada Santista tem oito casos da nova cepa da covid-19

Por: Nathália de Alcantara  -  11/08/21  -  06:35
 Caso suspeito está sendo monitorado pelo Instituto Adolfo Lutz
Caso suspeito está sendo monitorado pelo Instituto Adolfo Lutz   Foto: Matheus Tagé/AT

Após a confirmação de três novos casos da variante Delta da covid em tripulantes do navio CS Crystal, o Instituto Adolfo Lutz (IAL), da Secretaria de Estado da Saúde, também anunciou mais um caso suspeito da variante na cidade.


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Segundo o Estado, há um caso em investigação em Santos. A suspeita é de uma pessoa que apresentou sintomas após contato com um caso confirmado da variante Delta. É aguardado sequenciamento genético para confirmar ou excluir a possibilidade de infecção pela cepa.


Questionada, a Secretaria de Saúde de Santos disse que o caso citado ainda é investigado pelo Adolfo Lutz. “O município ainda não foi notificado deste resultado em análise”.


No Estado, segundo análises do IAL e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), existem 91 casos de Delta e 48 em fase de investigação epidemiológica.


Outros casos


Na semana passada, outros dois casos da cepa foram identificados em tripulantes do navio MTM Southport. Os tripulantes seguem internados na Santa Casa de Santos.


Houve ainda a confirmação da variante Delta em uma funcionária de hotel de 31 anos. A Secretaria de Saúde de Santos fez o monitoramento de 40 pessoas que tiveram contato com a paciente, não confirmando nenhum caso de covid-19. A munícipe não precisou ser internada e já retornou ao trabalho.


São Vicente também confirmou que duas pessoas foram identificadas com a cepa, sendo um homem de 28 anos e uma mulher de 27.


Próximos passos


Com os oito casos da variante Delta na região, especialistas acreditam que seja a hora de manter a calma, mas redobrar os cuidados. Para o infectologista Eduardo Santos, é necessário usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações.


“Já vimos que essa cepa provocou estrago em outros lugares do mundo, ou seja, temos o exemplo dado. Sabemos o que fazer e como nos comportar, mas é preciso mais e colocar tudo isso em prática”, diz o infectologista, pedindo que as pessoas se vacinem e levem o assunto a sério.


A infectologista Nívea Albuquerque explica que a nova variante não é mais letal, porém acaba transmitida com facilidade. “Tínhamos cada doente contaminando outras três pessoas. Com a Delta, o número pula para até oito pacientes. Com isso, aumentam também as chances de internações e mortes”.


Quem concorda com ela é o infectologista Jacyr Pasternak. “Temos de fazer a nossa parte e aguardar os avanços”.


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