Escolas do Grupo 1 e de Acesso abrem desfiles do Carnaval em Santos
Ao todo, nove agremiações estiveram na Passarela do Samba Dráusio da Cruz entre a noite de sexta-feira (22) e madrugada de sábado (23)
A chuva pouco antes dos desfiles do Grupo 1 e Grupo de Acesso, que abriram a festa do Carnaval santista, entre a noite de sexta-feira (22) e madrugada de sábado (23), atrapalhou o espetáculo, mas não a farra dos foliões. Com ingressos esgotados e previsão de arquibancada cheia, o que se viu foi o contrário.
Da capacidade máxima de 10 mil pessoas, menos da metade compareceu ao sambódromo. Neste sábado (23), às 20h, acontecem os desfiles das oito escolas do Grupo Especial. A Tribuna Online e o Facebook do Grupo Tribuna transmitem o desfile ao vivo diretamente do Sambódromo.
Por sorte, durante a passagem das escolas pela avenida, o tempo firmou e foi só alegria. Talvez não para quem tenha ficado em casa.
A festa teve início antes do desfile, quando a corte do Carnaval santista abriu a Passarela Dráusio da Cruz para as apresentações, que começaram com as escolas do Grupo 1, considerada a terceira divisão do campeonato.
A primeira agremiação a pisar na avenida foi a Dragões do Castelo. Ainda em decorrência da forte chuva, por volta das 19 horas, o evento demorou 30 minutos para começar e, mesmo após o início, a escola demorou mais 25 minutos.
Apesar dos incidentes, a festa na avenida foi bonita e agitou o público que, na sequência, recebeu a Unidos da Baixada. Visualmente, a agremiação tinha bem menos do que os 400 componentes anunciados.
A Imperatriz Alvinegra, com uma apresentação bastante elogiada, levantou novamente o público e foi o destaque do Grupo 1. A festa seguiu com a Bandeirantes do Saboó, que manteve o nível. Quem fechou a participação foi a Império da Vila que, apesar de não contar com alegorias chamativas, esteve bem colorida, animada e empolgou os presentes.
Grupo de Acesso
Às 2h14 da manhã a brincadeira ficou séria. Quatro escolas brigaram na avenida para garantir o direito de disputar o Carnaval no Grupo Especial em 2020.
Com o enredo ‘Mulher, seu nome é luta pela liberdade’, a Unidos da Zona Noroeste foi à avenida. Os 800 componentes trouxeram um desfile mais forte, justificando a divisão da escola, apesar disso, a agremiação estourou o tempo máximo de 45 minutos.
A Padre Paulo foi a segunda a se apresentar. A bateria chamou a atenção, mas nos outros quesitos, como alegoria e o próprio samba não empolgaram. A agremiação levou ao público o enredo Orixás: A grande festa do povo.
A penúltima a desfilar foi a tradicional Brasil, que antes do desfile fez questão de ressaltar seus 69 anos e 17 títulos. Um diretor da Comissão de Carnaval da escola bradou ao microfone que o acesso não é o lugar da agremiação e, com raça, o foco é ocupar vaga na elite.
Muito colorida, com fantasias chamativas, um samba marcante e poucas falhas, a escola pode sim conquistar o objetivo.
A Mãos Entrelaçadas encerrou o desfile às 6h20 e, embora a letra do samba tenha ficado na cabeça e mexido com o público que aguentou ver o nascer do sol, a agremiação sofreu para entrar com o primeiro carro na avenida.
Em uma das manobras para passar com o carro que levava a imagem do Cristo Redentor, um dos dedos da obra bateu na estrutura e finalizou o desfile pendurado. A situação pode refletir na nota final. A escola foi à avenida com o enredo Sinfonia Carioca.