Com um 'caixão', metalúrgicos protestam contra reajuste em plano de saúde em Santos
Último reajuste anual do plano de saúde foi de 10,7%, fazendo com que o contrato básico do plano chegasse ao valor de R$ 636
Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista percorreram a Avenida Ana Costa em manifestação na manhã desta quinta-feira (29). Cerca de 60 pessoas participaram do ato contra os reajustes no plano de saúde para aposentados e pensionistas da Usiminas - antiga Cosipa.
O evento começou com a concentração dos manifestantes na sede do Sindicato, localizada no bairro Vila Mathias, por volta das 10h. Carregando um caixão e uma faixa preta, o grupo percorreu a via até chegar à sede da Fundação São Francisco Xavier, empresa responsável pelo plano de saúde.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, Claudinei Rodrigues Gato, afirma que o problema é antigo. "Ela vem atacando o plano desde 2010, quando desmembrou os funcionários ativos dos inativos. Hoje o aposentado paga quase R$ 800, além de gastar cerca de R$ 3 mil se for internado", explica.
Para o aposentado Paulo Tavares dos Santos, ex-funcionário de quando a empresa ainda era conhecida como Cosipa. "Ela quer extinguir o plano e tirar esse direito de ter acesso a saúde, já que nós deixamos a nossa saúde dentro da Usiminas", desabafa.
De acordo com o Sindicato, o último reajuste anual do plano de saúde foi de 10,7%, fazendo com que o contrato básico do plano chegasse ao valor de R$ 636. Além do aumento, o grupo também questionou o corte de médicos e unidades de atendimento aos clientes.
Os manifestantes também reivindicaram uma reunião com representantes da Fundação São Francisco Xavier a fim de questionar os reajustes e as cobranças de insumos.
Em nota, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) informa que administra o plano de saúde da Usiminas seguindo as condições contratualizadas e vem desenvolvendo esforços no sentido de preservar e atender aos usuários com qualidade e segurança ofertando o melhor serviço de saúde, bem como assegurar a sua sustentabilidade. Ela também afirma que tem acatado às decisões judiciais e atua sempre de forma clara e transparente.
O valor das mensalidades e toda a cobrança efetuada estão em conformidade com o regulamento do plano, ou seja, estão dentro das condições contratuais estabelecidas. A FSFX finaliza esclarecendo que não houve redução de rede credenciada e de profissionais médicos.