Com ocupação em 30%, Santos desativará 65 leitos de covid-19

A Cidade já desativou 40 leitos covid-19, sendo 20 de enfermaria e 20 de UTI, criados na UPA Central em abril

Por: Nathália de Alcantara  -  20/07/21  -  20:14
 Leitos de covid na UPA Central foram desativados
Leitos de covid na UPA Central foram desativados   Foto: Anderson Bianchi/Prefeitura de Santos

Santos desativou, nesta terça-feira (20), 40 leitos covid-19, sendo 20 de enfermaria e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), criados na UPA Central em abril. A decisão tem a ver com a ocupação em unidades municipais, hoje em torno de 30% (somando clínica médica e UTI). No próximo dia 30, a UPA Zona Leste também deixará de ter 25 leitos, sendo cinco de enfermaria e 20 de UTI.


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A Cidade decidiu fechar as vagas criadas temporariamente nas UPAs Central e Zona Leste devido ao momento que vive com relação à pandemia, mas avisa que, caso haja necessidade, esses leitos poderão ser reativados.


A UPA Central realizou 400 internações até o último dia de funcionamento e, na UPA Zona Leste, foram 328 internações desde março.


Segundo o prefeito Rogério Santos (PSDB), isso se trata de uma estratégia adotada desde o ano passado, com a abertura de leitos.


“Estamos desativando, mas rapidamente já podemos ativar os leitos, se necessário. Isso está sendo feito graças aos bons números que apresentamos. No pior momento da pandemia tínhamos 420 leitos de UTI. Hoje, abaixamos para 335 leitos, com 47% de ocupação. É um número muito bom”.


Santos optou pela criação dos leitos de campanha em estruturas de saúde já existentes de forma que, após o seu uso, toda a infraestrutura como a rede de gases medicinais instalada e os equipamentos seguissem à disposição da rede municipal de saúde.


Segundo lembrou o prefeito, o índice de ocupação dos leitos da rede pública sempre se manteve, proporcionalmente, abaixo do percentual dos leitos da rede privada.


“Temos que pensar nos equilíbrios financeiro e orçamentário, mas ressaltando que esses leitos podem ser reativados rapidamente. Vivemos um outro momento da pandemia. A realidade é outra, e a Prefeitura precisa adequar o número de leitos a essa realidade”, explica Rogério.


O secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, diz que a ação é realizada com bastante responsabilidade. “Continuaremos a avaliar diariamente o comportamento da covid-19 em Santos e, se percebermos a necessidade de retomada desses leitos, a estrutura física já estará pronta”.


Atendimento


O Município seguirá ainda com 235 leitos específicos para o tratamento da covid-19 no Hospital Vitória, no Complexo Hospitalar dos Estivadores, no Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, na Santa Casa de Santos e na Beneficência Portuguesa.


O secretário de Saúde ainda explica que o SUS seguirá cumprindo o seu papel assistencial no enfrentamento à covid-19.


“Nos orgulhamos muito de ninguém ter ficado sem leito em Santos. Nos momentos mais graves da pandemia, o SUS de Santos atendeu pacientes de convênios médicos”.


Catapreta, porém, lembra que encerrar alguns leitos não significa que a pandemia terminou. “Os cuidados seguem os mesmos: usar máscaras, higienizar as mãos e evitar aglomerações”.


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