Cine Roxy 5, em Santos, corre risco de fechar: 'Esperando por um milagre'
Toninho Campos, diretor do Cine Roxy, explica as dificuldades enfrentadas pelo cinema frente à pandemia da Covid-19
Não é de hoje que a pandemia tem dificultado o comércio local, em especial a indústria do entretenimento. Frente aos desafios postos pela pandemia do coronavírus, o Cine Roxy 5 Gonzaga, em Santos, um dos principais marcos do entretenimento na Baixada Santista, ameaça fechar as portas.
Desde o final de 2020, o diretor Toninho Campos luta contra a possibilidade de fechamento. Entretanto, novamente sem funcionar por conta das medidas de restrição em todo o Estado, o Roxy 5 corre sério risco de encerrar atividades por conta de uma ordem de despejo.
Inadimplente por oito meses de aluguel em débito, que equivale ao tempo de fechamento determinado pelas autoridades, o cinema precisa correr contra o tempo para permanecer no lugar. "Ficamos de março a outubro com faturamento zero. Quando reabriu, a taxa de ocupação não chegou a 10% do normal. Isso causou todo tipo de dificuldades, não tivemos como fazer frente aos compromissos", relata Toninho.
O Cine Roxy reabriu em outubro do ano passado, conforme a flexibilização das atividades comerciais, quando havia esperança de que a partir de janeiro a situação iria melhorar.
"Chegou janeiro e tudo piorou. Agora, pelo menos com a vacinação nos Estados Unidos a todo o vapor sabemos que os grandes lançamentos vão voltar com tudo a partir de julho. O principal desafio é chegar até lá".
Completando 87 anos de história nesta segunda-feira (15), o Cine Roxy enfrenta um dos maiores desafios de sua história. "É preciso compreensão, colaboração e muita luta. Precisamos de tempo", desabafa Toninho.
