Casas de repouso também são locais de socialização

Instituições estruturadas costumam ter atividades para manter os idosos ativos e com menos doenças

Por: Da Redação  -  08/07/19  -  00:29
  Foto: Adobe Stock

As instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), conhecidas como casas de repouso, são muito procuradas na região devido ao alto número de idosos debilitados e que precisam de cuidados especiais. Só em Santos são aproximadamente 50 locais, segundo a Prefeitura, que não informou, até o fechamento desta edição, quantas possuem o alvará em dia para funcionar.


Na Cidade, a licença sanitária é válida por 1 ano e só é emitida para estabelecimentos com alvará de funcionamento. Qualquer desconformidade pode ser denunciada via Ouvidoria, pelo telefone 162, site, ou pessoalmente no Paço Municipal (Praça Mauá, s/n-térreo).


Quem vai colocar um parente nesses locais deve exigir o CNPJ ativo, Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), alvará e licença sanitária. Porém, a questão burocrática não é o maior empecilho. A decisão de colocar o idoso numa dessas casas é difícil para a família, explica a enfermeira Karim de Barros, dona de uma ILPI desde 2003 e mestranda em Gerontologia pela PUC-SP.


Segundo ela,muitos familiares se sentem culpados. Mas também há o contrário: pessoas que simplesmente abandonam os idosos, nem aparecem para visitar. A situação é acompanhada pelo Ministério Público.


“A família é a base, estar próxima é fundamental, não tem como praticar o cuidado sem o apoio dos familiares. Mesmo com alguns laços que, às vezes, já chegam rompidos devido à vida pregressa. Mas estamos sempre trabalhando isso, até porque o familiar é responsável por providências a serem tomadas, como uma internação”.


Para Karim, é importante que a instituição tenha um cronograma de atividades para os idosos, dentro das limitações deles. Acesso à comunidade, com passeios, por exemplo.


“Tem a socialização dentro da instituição também. Esse movimento de convívio faz com que eles se mantenham comunicativos. Muitas vezes eles já estavam em confinamento dentro dos seus lares”, diz ela.


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