Caminhada do Outubro Rosa reúne 3 mil na orla de Santos
Na décima edição da iniciativa, o autocuidado teve destaque nesse ato de conscientização
Autocuidado e alegria foram os temas da 10ª Caminhada do Outubro Rosa, promovida pelo Instituto Neo Mama, neste domingo (20). O evento, que, segundo a Prefeitura, levou 3 mil pessoas à orla de Santos, tem como objetivo conscientizar a população da prevenção do câncer de mama. Detectado precocemente, tem mais chance de cura.
É nisso que acredita a advogada Andrea Marques de Souza Barreto, que descobriu a doença aos 39 anos, quando repetiu uma mamografia quatro meses após o primeiro exame.
“O meu tumor era do tamanho da minha mama. Na quarta mamografia, ele já tinha diminuído. Fiz mais três sessões de quimioterapia e faz 23 dias que eu terminei a última. Agora, vou fazer a cirurgia e retirar a mama toda porque o tumor é muito agressivo.”
No tratamento, as filhas, de 4 e 10 anos, são suas principais aliadas. “Elas me fazem levantar todos os dias. Isso me fez crescer muito como ser humano. (...). Eu sempre tive uma vida saudável, fiz atividade física e nunca esperei ter uma doença dessa. É uma guerra que você não busca, mas luta.”
A aposentada e artesã Vera Lucia Rodrigues passou pelo mesmo problema. Hoje, ajuda mulheres que enfrentam a doença.
“Em 2016, descobri o câncer de mama e, em 2017, terminei o tratamento e fui para o Neo Mama para fisioterapia. Lá, faço dança, nutrição, (vou à) psicóloga. Temos tudo lá”, conta.
O Instituto Neo Mama já recebeu mais de 3 mil mulheres com câncer de mama em busca de ajuda. São quase 30 programas de reabilitação, como, tratamentos, banco de próteses e perucas e fisioterapeutas.
Conscientização
Para a responsável pelo instituto, Gilze Francisco, a conscientização é a grande arma para vencer a doença. “A gente reafirma que são muito importantes o diagnóstico precoce, a seriedade, o comprometimento pessoal com o seu autocuidado”, recomenda.
A manicure Amanda Moura Cordeiro Indio já perdeu as contas de quantas vezes participou da caminhada. Aos 13 anos, ela perdeu a mãe, que tinha apenas 45.
“Venho todos os anos. A minha mãe faleceu de câncer há 22 anos e desde sempre a gente participa. A minha filha veio, no ano passado, com 26 dias. E a gente vai caminhando, aprendendo que a prevenção tem que vir desde cedo”, afirma.