Câmara de Santos recebe projeto de reajuste para servidores

Índice é de 10,06% para salários e benefícios, mas sindicatos querem percentual maior

Por: Sandro Thadeu  -  04/03/22  -  15:18
Representantes das duas instituições sindicais, Sindest e Sindserv, afixaram faixas nas galerias da Casa
Representantes das duas instituições sindicais, Sindest e Sindserv, afixaram faixas nas galerias da Casa   Foto: Flávio Hopp/AT

O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), encaminhou nesta quinta-feira (3), à Câmara, o projeto de lei complementar (PLC) que prevê o reajuste salarial de 10,06% para os servidores públicos municipais da ativa, aposentados e pensionistas.


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A proposta não agradou aos sindicatos que representam a categoria (Sindest e Sindserv). Pouco mais de 60 trabalhadores acompanharam a sessão das galerias do Legislativo, que deverá votar a matéria na próxima semana, conforme apurado por A Tribuna.


A segurança foi reforçada no lado externo e nas dependências internas da Casa com a presença de vários guardas civis municipais. Porém, não houve confusão.


As entidades deverão insistir em um diálogo com a Administração Municipal para que haja melhora na proposta, pois entendem que o percentual oferecido pela Prefeitura não repõe a inflação acumulada desde 2019 (ano da última correção dos vencimentos do funcionalismo). A defasagem está na casa dos 20%, afirmam as instituições.


O presidente do Sindest, Fábio Pimentel, afirmou que conversou ontem com os vereadores para deixar claro que os servidores não concordam com a proposta de reajuste apresentada pelo Executivo.


“Vamos voltar a insistir no diálogo com a Prefeitura para que as negociações sejam reabertas. O acordo pressupõe o entendimento das duas partes, mas isso não ocorreu. É preciso deixar isso muito claro”, ressaltou Pimentel.


Valorização
A coordenadora-geral do Sindserv, Márcia Ester Caldas dos Santos, explicou que a Administração Municipal tem condições financeiras de apresentar uma proposta melhor às entidades e que o prefeito precisa valorizar os trabalhadores.


“Trata-se de um reajuste salarial irrisório, que não repõe a inflação nem do período de um ano. É preciso que haja o prolongamento dessa conversa com a Administração Municipal para que haja um índice de correção que atenda as necessidades da categoria”, justificou a sindicalista.


Impactos
De acordo com projeções feitas pela Secretaria Municipal de Finanças, a correção nos vencimentos do funcionalismo santista terá um impacto de 4,08% no orçamento deste ano, ou seja, de R$ 138,425 milhões.


Nesse montante já estão contabilizados os novos valores sugeridos para o auxílio alimentação (R$ 502,91) e a cesta básica (R$ 323,58). Essas informações constam no PLC encaminhado ao Legislativo.


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