Beneficência Portuguesa de Santos abre unidade externa em agosto
Chamado BeneCor, pronto-socorro será especializado em atendimento neurocardiovascular
O hospital Beneficência Portuguesa terá um pronto-socorro especializado em atendimento neurocardiovascular no Gonzaga, em Santos. Chamado BeneCor, deve abrir em 21 de agosto, quando instituição fará 162 anos.
Essa será a primeira unidade fora da sede do hospital, dando início a um plano de expansão, informa o presidente da Beneficência, Ademir Pestana.
O cardiologista Rodolfo Leite Arantes afirma que a necessidade de atendimentos fora de ambientes hospitalares foi uma necessidade que se acentuou na pandemia. Por isso, o pronto-socorro terá a missão de oferecer atendimento neurocardiovascular com rapidez de diagnóstico e, se preciso, o paciente será removido para o hospital: haverá uma UTI móvel para isso.
“Ao longo deste último ano e meio, as pessoas ficaram com medo de sair de casa para ir ao supermercado. Imagine ir ao médico e, quem dirá, ao pronto-socorro. A ideia, portanto, é ter uma unidade avançada fora da unidade hospitalar com todos os recursos possíveis, mas sem o risco, entre aspas, da covid. [TEXTONOVO]Ele vai ser a cereja do bolo”, diz. A Benecor ficará na Rua Luiz Suplicy, 39/41, no Gonzaga.
Segundo ele, dessa forma, é possível chegar a um diagnóstico mais rápido, o que é fundamental para esses pacientes. “Se você retardar o diagnóstico, a tendência é que o indivíduo tenha uma perda muito grande da sua qualidade de vida, se não perder a própria vida. Então, a ideia desse tipo de projeto é fazer um ambiente que tenha as três especialidades que possam fazer diagnóstico e tratamento precoces, visando à redução de sequelas futuras e mortalidade.”
A UTI atua com outro conceito. Nela, o paciente é monitorado ininterruptamente em um apartamento, com direito a acompanhante, e estrutura especial que dispõe de equipamentos de ponta.
Por enquanto, o atendimento é destinado a planos de saúde e pacientes particulares.
“Evidentemente, para esse doente que já está na UTI, toda essa urgência já cessou. É o tempo de assistência, e nada como o carinho de quem ele confia. Então, são a técnica, a qualidade e a dignidade, que é o fator humano, de que o hospital jamais abriu mão”, diz o diretor técnico, Mario Cardoso.