Bailarinas santistas conquistam vaga em campeonato mundial e pedem ajuda para custear gastos
Competição de hip hop ocorre nos Estados Unidos em agosto deste ano
Atualizado em 14/06/22 - 18:08
Um grupo de jovens bailarinas de uma escola de dança de Santos conquistou uma vaga em um competição de Hip Hop no exterior, oInternational World Championships, no estado de Arizona, nos Estados Unidos.
O festival internacional ocorre de 6 a 13 de agosto e, no total, 10 pessoas, incluindo oito bailarinas, o professor e a diretora da academia, deverão embarcar.
Além de ensaiar bastante para garantir a nova vitória, as jovens ainda precisam superar o desafio de custear as despesas como passagem, hospedagem, alimentação e inscrição.
Para juntar o dinheiro, elas criaram uma vaquinha virtual, mas atingiram apenas 3% do total. As jovens também têm saído às ruas para tentar arrecadar o valor em pedágios. Quem quiser obter mais detalhes sobre as arrecadações, pode acessar a rede social da escola @engenhariadadança.
A professora Fátima Conde, de 50, é mãe da bailarina Fernanda e acompanha algumas das meninas toda sexta-feira em bares para pedir doações. Ela conta que, assim como para a filha, a viagem seria um sonho realizado para muitas das meninas.
"A minha filha e as demais bailarinas estão treinando desde Janeiro deste ano, fazem aula durante a semana e aos finais de semana treinam. Elas levam uma vida de atleta. Tem que ter muita dedicação e como ela gosta de dançar e competir, não reclama da maratona de treinos", conta Fátima.
Dedicação e união
Letícia Gazal, proprietária da escola Engenharia da Dança, conta que esse grupo dança junto há 2 anos. São tricampeãs no Festival Internacional de Dança chamado Passo de Arte e por conta da pandemia, ainda não conseguiram participar do festival mundial de forma presencial, apenas on-line.
Em março deste ano, o grupo participou da etapa Brasil e ganhou em primeiro lugar. Com isso, desde março eles têm aperfeiçoado a coreografia para representar bem o Brasil no campeonato mundial.
"A expectativa está alta para que eles se classifiquem bem. Chegando lá tem a semi final e a final. Essa categoria júnior, de 8 a 12 anos, geralmente o Brasil não se classifica bem, então a gente quer estar lá para mudar essa história", diz Letícia.
Letícia reforça ainda como tem sido importante e bacana de ver a união entre as alunas, suas famílias e pessoas da comunidade em prol do mesmo objetivo.
"A gente sabe que é o sonho delas ter uma experiência internacional tão marcante como essa e algumas famílias, apesar de estarem se preparando há muitos anos, não estavam preparadas para essa alta do dólar, que mudou completamente o orçamento do que seria essa viagem há dois anos atrás".
