Associação Comercial de Santos monta grupo para ajudar em ações contra a Covid-19

A Associação Comercial de Santos (ACS) criou um grupo de trabalho para auxiliar o Poder Público nas ações contra o coronavírus e planejar a retomada das atividades econômicas locais. A entidade reuniu empresários para ajudar no aumento da estrutura hospitalar da cidade, doar testes para Covid-19 e traçar cenários com regras para a futura reabertura de empresas.

O presidente da ACS, Mauro Sérgio Sammarco, afirma que, no momento, a saúde é prioridade. A entidade apoia o isolamento social proposto pelas autoridades, mas busca soluções seguras para tentar agilizar a retomada e encontrar novas formas de movimentar a economia regional.

“Estamos fazendo um trabalho, junto à Prefeitura de Santos, de apoio às ações para adquirir insumos hospitalares, reforçar a estrutura hospitalar e também para doações de cestas básicas. Respeitamos a quarentena que foi imposta. Por enquanto, a gente não defende uma flexibilização”, explica Sammarco.

O presidente afirma que está sendo feito um estudo para regramento de boa parte das atividades que estão suspensas. A ideia é seguir padrões sanitários de controle, para que a futura reabertura seja feita com segurança e evite a disseminação da doença. 

"Estamos buscando alternativas para auxiliar a prefeitura e, talvez, acelerar esse processo [de reabertura]. Fazendo uma mobilização de empresários para a compra de testes para Covid-19. Com isso, a prefeitura pode conseguir um mapeamento para, quem sabe, antecipar a abertura das atividades”.

Sammarco ressalta que ainda não é possível falar em prazos. Segundo ele, a fase atual é de ampliação dos leitos em Santos. O presidente da ACS diz que os empresários estão ajudando a finalizar a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste e o Hospital Vitória para atender pacientes. 

“Conforme esses equipamentos forem ficando prontos, e com outras ações, como o teste, o cenário vai ficando claro. Mas, ainda não podemos estimar uma data [para a reabertura]. Isso não quer dizer que somos pessimistas ou que está muito longe”, pontua.

Impactos na economia 

O presidente da ACS diz que muitos associados estão com as operações suspensas, mas mesmo os que estão operando são afetados por causa da paralisação do comércio. Transportadoras, distribuidores, a cadeia toda foi atingida. Ele cita que algumas empresas vão sofrer mesmo depois da pandemia, e a Associação Comercial busca alternativas.

“Com um mês de paralisação, o impacto no comércio é muito forte, é gravíssimo. Pelo lado econômico, o anseio é que as atividades retornem o quanto antes. Mas, infelizmente, a gente sabe que a situação exige essa quarentena”, comenta Sammarco.

A Associação Comercial está trabalhando junto com Parque Tecnológico de Santos para criar demandas, trazer investidores e desenvolver atividades econômicas. “Novas demandas que podem ser criadas para atendimento à epidemia. O que pode ser disponibilizado de materiais, insumos, fabricados de forma local, para girar a economia aqui. E também para o pós-crise, para fomentar novos negócios”.

Sammarco destaca que é papel do Governo dar suporte para que a economia se mantenha estável, mesmo com todas as dificuldades. Ele elogia as medidas tomadas pelo Governo Federal para garantia de emprego, mas espera ainda uma redução nos encargos tributários, em todas as esferas.

“É preciso um esforço. Quem está com o estabelecimento parado, que tenha uma redução dos encargos ou, pelo menos, uma renegociação para parcelamento e pagamento futuro com taxa mínima”.