Adriano Catapreta comenta falta de Coronavac em Santos e pede que população tome AstraZeneca
Secretário de Saúde garantiu a segurança do imunizante AstraZeneca/Oxford
O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, confirmou a falta de vacinas Coronavac na cidade. Desta forma, há pessoas que não receberam a segunda dose do imunizante. De acordo com Catapreta, portanto, o município já solicitou o fornecimento ao Governo de São Paulo. Porém, as pessoas dos novos grupos de prioridade devem receber o imunizante de Oxford. “As pessoas que estão tendo a oportunidade de tomar a vacina de Oxford/AstraZeneca, tem que tomar a vacina. É extremamente eficaz”, destaca.
Ainda segundo o secretário, há muitos munícipes com receio de efeitos colaterais, porém, ele garante a segurança do imunizante. “Esses efeitos são mínimos e não justifica não tomar a vacina. É muito mais perigoso uma pessoa morrer de coronavírus do que ter alguma complicação pela vacina”, explica Catapreta.
O secretário também afirma que os efeitos colaterais comuns são dor local e um dia de febre. “Não vimos aqui em Santos nenhum caso de trombose”, enfatiza.
Segunda dose da Coronavac
Segundo Adriano Catapreta, o município não foi informado de que teria que reservar as vacinas para a aplicação da segunda dose. “Realmente o que está acontecendo é um problema na fabricação da Coronavac. Estamos aguardando fornecimento”, destaca.
Apesar de Catapreta informar preocupação, o secretário municipal de Saúde disse que o prazo para a segunda dose não altera o imunizante: “Queria ressaltar que não há prazo de 21 dias, não há nenhum estudo científico que mostre que após 21 dias, diminui a eficácia”.
“Foi a primeira vez que faltou dose de Coronavac, mas nosso número de vacinados é muito grande. Sempre seguimos o Estado”, relata. Segundo Adriano Catapreta, todas as vacinas fornecidas são com base no IBGE de 2010, fato que pode ter sido um problema. “Já mudou nossa população de idosos desde 2010”, explica. O fato de munícipes de outras cidades próximas receberem o imunizante em Santos também colaborou com a falta das vacinas, porém, o secretário afirma que reservar as doses de Oxford para a segunda dose é uma opção delicada.
“Guardar uma segunda dose é bem delicado, a gente está gostando bem da de Oxford, e temos três meses de prazo entre uma e outra. A gente acredita que daqui três meses não faltará”, ressalta.
Entretanto, Santos também tenta comprar a vacina. “Santos, inclusive, tem tentado muito intensamente comprar a vacina. A gente já tinha pensado em comprar 400 mil doses que daria para vacinar 200 mil pessoas na nossa cidade, o que daria para nós uma tranquilidade. Mas não há no mercado mundial hoje vacina para ser comprada. O problema é mundial. Não temos vacina no mundo, então realmente será aos poucos”, finaliza o secretário de Santos.