Juntar livros, documentos, fotos e todo tipo de registro que ajude a contar e preservar a história de Praia Grande. Com esse objetivo, um grupo de aproximadamente 40 pessoas se juntou para fundar, na próxima sexta-feira (30), o Instituto Histórico e Geográfico de Praia Grande (IHGPG). A entidade terá sede provisória no Canto do Forte (Praça Antonieta Lagatta, 42).
“É muito importante entender a história, desde o nosso começo. A gente quer que isso fique para as próximas gerações. A base de uma sociedade depende muito de quem caminhou primeiro, lá atrás, os emancipadores. Queremos que as pessoas saibam disso”, explica o funcionário público aposentado João Antônio Paes Pinto Antunes, de 67 anos, um dos fundadores.
Outro membro fundador, o historiador e memorialista Cláudio Dias Sterque, 65 anos, conta que há necessidade de pesquisa e divulgação do passado de Praia Grande, porque muitos registros não existem, como a história da Cidade da Criança, do Campo da Aviação e da colônia japonesa do Município.
“Entre os profissionais envolvidos no futuro instituto estão cineastas, jornalistas, professores, historiadores com obras publicadas e membros de famílias tradicionais da Cidade, com mais de 100 anos de Praia Grande”, detalha Sterque, informando que a primeira diretoria já está eleita. O presidente será o militar aposentado Elson Dias Sterque Jr., tendo como vice a museóloga Suely Toschi.
“Já estamos montando a nossa biblioteca, que já possui mais de 100 publicações de geografia e história da região, em menos de duas semanas. Muitos livros, até raros, do século retrasado. Seremos o 63º Instituto Histórico em âmbito municipal do Brasil e o quarto da Baixada Santista (já existem os institutos de Santos, São Vicente e de Guarujá-Bertioga)”.
A sede inicial, cedida provisoriamente, é uma casa antiga da Cidade que foi a pioneira em ações culturais. “A partir da assinatura da ata (sexta-feira), vamos definir as ações a serem realizadas, tais como montar uma equipe de filmagem e entrevistas com moradores antigos, algo como o museu da pessoa. Também teremos grupos para pesquisas específicas”, diz Sterque.
A ideia é que todo o material fique disponível em site e redes sociais para pesquisa on-line de qualquer interessado. Por enquanto, há o perfil no Facebook, onde serão feitas lives com com especialistas em assuntos relacionados.
“O trabalho é fundamental. Além de preservadas essas memórias, vamos incentivar a pesquisa histórica para divulgação e aglutinar munícipes que se identificam com a história da nossa região”, diz ele, ressaltando que não há nenhum vínculo da entidade com o poder público.
“Teremos, talvez, uma parceria de troca de informações com a Prefeitura, porque pesquisas têm que ser compartilhadas. Há uma lei nacional prevendo que os poderes possam alocar recursos para os institutos, mas isso veremos mais adiante”, completa Sterque.