Menino de Praia Grande começa a 'cair sem parar' e família descobre doença raríssima
“Para mim, foi um choque. Sai tão abalada, nem sei como voltei para casa", desabafa a mãe de Guilherme Fronzi Lima, portador de uma doença degenerativa que pode se espalhar pelo corpo
Ao mesmo tempo que completou cinco anos de vida, o pequeno Guilherme Fronzi Lima recebeu um diagnóstico que não dá brechas para comemorar. A família descobriu que ele é portador da Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), doença degenerativa e sem cura que, no momento, afeta o movimento das pernas. Conforme o crescimento, a tendência é que ele fique sem poder caminhar.
Guilherme Fronzi e a mãe, Fernanda Lima, de 38 anos, são moradores do bairro Canto do Forte, em Praia Grande. Ela conta que, desde que o pequeno entrou na creche, com 1 ano e 6 meses, já apresentava dificuldades para caminhar, mas ela nunca imaginava que o problema poderia ser tão grave. O diagnóstico da doença aconteceu no último dia 7, 15 dias após o aniversário de cinco anos.
“Tinha levado ele para uma consulta normal. Para mim, foi um choque. Sai tão abalada, nem sei como voltei para casa. Outras mães que estavam no hospital e aguardavam atendimento vieram me acolher”, desabafa Fernanda.
No momento, a doença genética afeta apenas as pernas de Guilherme, mas conforme o desenvolvimento, ela pode se espalhar para outras partes do corpo. Segundo a mãe, ele também apresenta problemas na fala, em comparação a outras crianças da mesma idade.
“O tempo de vida do meu filho é curto. Vai ficar limitado para tudo, ficar dependente de mim para a vida toda e não tenho condições. Moro de aluguel. Uma consulta com uma médica na área chega a custar R$ 700. Hoje vivo para sobreviver e ter os mantimentos dentro de casa. Você não para para pensar que, de uma hora pra outra, tudo isso pode mudar”, conta Fernanda.
A previsão é que Guilherme precise de cadeira de rodas para se locomover por volta dos 12 anos de vida. O tratamento, que inclui fisioterapia, hidroterapia e medicamentos, pode retardar o desenvolvimento da doença, que não tem cura.
Na esperança de custear os procedimentos e de conseguir um tratamento no exterior, a família criou uma campanha virtual para arrecadar fundos. Quem puder ajudar o Guilherme de alguma forma também pode entrar em contato diretamente com a família, pelo número (13) 98105-1998.