Jovem espancado dentro de hospital apresenta melhora após sofrer lesões cerebrais em Praia Grande

Thiago Barduco, de 19 anos, foi agredido dentro do Hospital Irmã Dulce. Segundo a família, ele quebrou a clavícula e teve lesões no cérebro

Por: Daniel Gois  -  07/11/20  -  10:56
Agredido dentro de hospital, Thiago Barduco apresenta melhora em Praia Grande
Agredido dentro de hospital, Thiago Barduco apresenta melhora em Praia Grande   Foto: Reprodução/Facebook/Michele Barduco

Agredido dentro do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, o jovem Thiago Barduco, de 19 anos, apresenta melhoras após ter a clavícula quebrada e o cérebro completamente inchado. Ainda não há uma previsão de alta e de outras sequelas que a vítima pode vir a ter. 


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Desde a agressão, que aconteceu no início de outubro, a tia de Thiago, Michele Barduco, tem acompanhado a recuperação do jovem na unidade hospitalar, alternando as visitas com outros membros da família. Ela conta que Thiago está recuperando a fala e alguns movimentos aos poucos. 


“Ele só mexe os membros do lado esquerdo, o direito ainda não. Teve uma boa melhora, mas ainda não anda e começa a falar algumas palavras de forma bem enrolada. Ele não assimila as coisas, só repete o que as pessoas falam. Não consegue raciocinar e falar por conta própria”, revela. 


Ainda segundo Michele, por conta das agressões, Thiago ficou em estado gravíssimo, chegando a ter coágulos sanguíneos em várias partes do cérebro. “Ele evoluiu bastante. No começo, estava quase em estado vegetal, olhando pra cima, babando. Precisamos esperar, ter paciência”, destaca. 


Relembre o caso


Após sentir uma crise de ansiedade e depressão, Thiago Barduco foi levado no dia 30 de setembro à unidade de psiquiatria do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, onde seria medicado e receberia alta no dia seguinte. Lá dentro, ele foi espancado por outro paciente. Como estava na ala de psiquiatria, não pôde ficar com um acompanhante. 


Em seguida, Thiago foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por oito dias, até apresentar melhora e ser transferido para a enfermaria. Segundo a família, o agressor recebeu alta e foi para casa. O caso é investigado pela Delegacia Sede de Praia Grande. 


“Psicologicamente estamos muito abalados”, lamenta Michele. “Era um menino saudável, jovem, com uma rotina normal, que tinha sonhos, de fazer cursos, montar uma casa de lanche natural. Ele queria trabalhar com isso, e agora se acabou. Quem sabe ele volte, e quem sabe não volte”. 


Em nota, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra o Hospital Irmã Dulce, declarou que não tem autorização para divulgar mais informações sobre o estado de saúde do paciente.


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