Criança diagnosticada com Guillain-Barré após pegar covid-19 luta para fazer exame em Praia Grande

Família pede ajuda que seja realizada uma broncoscopia infantil para retirar a traqueostomia

Por: Natalia Cuqui  -  20/03/22  -  08:27
Atualizado em 20/03/22 - 21:47
Família de Mariana busca ajuda para que ela possa realizar uma broncoscopia infantil
Família de Mariana busca ajuda para que ela possa realizar uma broncoscopia infantil   Foto: Arquivo Pessoal

Após testar positivo para a covid-19 e descobrir uma doença rara, a família de uma menina de nove anos que vive em Praia Grande pede ajuda para realizar um exame chamado broncoscopia infantil e se livrar da traqueostomia - procedimento cirúrgico na traqueia, que permite uma via alternativa de ventilação e respiração. A retirada da cânula, segundo indicação médica, ajudará no tratamento de doenças respiratórias e de um tumor no nariz descoberto em junho.


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Em entrevista para A Tribuna, a dona de casa Luana Custódio, mãe de Mariana, conta que a filha testou positivo em janeiro de 2021 e que, desde então, vive uma luta com a criança.


"Ela ficou muito traumatizada, está passando por psicóloga porque tem muito medo de tirar a traqueo e não ter ar", relata.


Ao testar positivo para a covid, Mari teve apenas febre e seguiu quase sem sintomas até o dia 26 de março de 2021, quando perdeu os movimentos da mão. No dia seguinte, perdeu os movimentos da cintura para baixo. E, em 28 de junho, sofreu uma paraplegia aguda. Foi neste momento que a família buscou socorro médico.


"O exame de sangue dela não deu nada. Mas em outros exames, o médico começou a suspeitar que pudesse ser Guillan-Barré. Ele a internou ela na UTI por precaução já que essa doença ataca o pulmão".


Mari descobriu ter a síndrome de Guillain-Barré após pegar covid-19 em janeiro de 2021
Mari descobriu ter a síndrome de Guillain-Barré após pegar covid-19 em janeiro de 2021   Foto: Arquivo Pessoal

Mariana foi internada em 28 de março e no dia 3 de abril sofreu uma insuficiência respiratória aguda que a levou a ser intubada. Durante a transferência para um hospital de outra cidade, a menina infartou.


As suspeitas do médico estavam certas. Depois de passar por diversos exames, ela foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré, considerada pelo Ministério da Saúde como uma doença rara.


"Descobriram que a Mari já tinha a probabilidade de ter essa doença e o covid a trouxe. Por exemplo, ela poderia desenvolver quando adulta, mas a covid desencadeou antes", explica Luana. No total, foram 70 dias internada, sendo que ela passou 68 na UTI e 43 intubada.


Retirar a traqueostomia

Mariana voltou para casa em junho com uma traqueostomia. Nesta época, a família descobriu que a menina tinha diversos problemas respiratórios, mesmo antes da covid. "A gente descobriu que ela tem uma asma muito séria, uma rinite alérgica e um tumor no nariz que precisa ser tratado com medicamento pra ele murchar".


Apesar de fazer parte do tratamento pelo SUS, Luana leva a filha em um pneumologista particular, porque a consulta pelo SUS levou cerca de oito meses. O médico que faz o tratamento aconselhou a família a retirar a traqueostomia para tratar os outros problemas respiratórios, mas antes ela precisa passar por uma broncoscopia, para averiguar se há edemas na laringe ou na traqueia.


"A gente tem sofrido muito com essa situação, só queremos vê-la livre da traqueostomia", desabafa.


Luana conta também que conseguiu o valor necessário para realizar o exame, mas que a família aceita ajuda para outros gastos médicos, já que ele será realizado em São Paulo e pode incluir estadia, gasolina e medicações. O pix para doações é o 13997088914.


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