Jovem morta pelo companheiro no litoral de SP sonhava em constituir família, dizem amigas

Flavia Batista de Souza, de 24 anos, foi esfaqueada em casa na segunda-feira (18)

Por: Ágata Luz  -  20/04/22  -  07:09
Flavia tinha 24 anos quando foi morta pelo próprio companheiro em Itanhaém
Flavia tinha 24 anos quando foi morta pelo próprio companheiro em Itanhaém   Foto: Reprodução/Facebook

Aos 24 anos, a moradora de Itanhaém Flavia Batista de Souza teve o sonho de constituir uma família interrompido pelo próprio companheiro, Luis Eduardo da Silva Coelho, que foi encontrado enforcado, em possível suicídio após o crime. Duas amigas da vítima de feminicídio – que não quiseram se identificar – revelaram à Reportagem o desejo da jovem e, também, demonstraram surpresa com o crime, uma vez que, segundo elas, o casal aparentava viver em harmonia. Eles estavam juntos há pelo menos um ano.


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“Ela sempre foi uma menina esforçada, risonha e cheia de sonhos e planos. O principal (sonho) era ter a família dela”, diz uma amiga de 21 anos, que conhecia a vítima desde a infância devido à amizade entre as mães.


Outra amiga, de 30 anos, conta que conhecia a vítima há aproximadamente 10. Ela confirmou que Flavia era alegre, brincalhona e sonhava com a própria família. “Dificilmente a via sem o sorriso largo no rosto”, diz, descrevendo-a como “menina no corpo de mulher”.


As duas concordam que a imagem do relacionamento dos dois era das melhores. “O que ela mostrava para gente é que era um mar de rosas, tudo muito bonito”, diz a jovem de 21 anos.


A amiga de 30 anos conta que Flavia chegou a dizer que as duas subiriam ao altar ao mesmo tempo com seus respectivos maridos.


"Foi uma coisa que pegou todo mundo de surpresa", diz a colega de infância, que continuou: “Para mim é uma mentira. Ainda mais pelo jeito que ela se foi. Acho que isso jamais vai entrar na (minha) cabeça. Ela era uma pessoa maravilhosa, não tenho nem palavras”.

Diante do ocorrido, também minimizou os sentimentos do companheiro de Flavia. “O que eu não entendo é falar que ama a pessoa e fazer isso. Ele nunca a amou”, finaliza.


Motivação

Alguns anos mais velha que a vítima, a mulher de 30 anos diz que sentiu que o agressor era ciumento com o decorrer do tempo. “Ultimamente eu encontrava a Flavia na rua, mas ela passou a me cumprimentar apenas com olhar. Eu estanhei e até comentei com meu companheiro”, relembra, dizendo que este foi o único sinal diferente demonstrado pela amiga.


O ciúmes também é a principal aposta da outra colega de Flavia para a motivação do crime. Porém, a hipótese dela é baseada nas redes sociais. “Teve uma foto que ele comentou ‘te amo surtada’. Se ele a chamou assim, é porque alguma coisa tinha”, enfatiza.


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