Grupo faz ação para resgatar debate sobre ligação seca entre Santos e Guarujá

Iniciativa 'Vou de Túnel' distribuiu panfletos e máscaras, além de divulgar a coleta de assinaturas para petição

Por: Redação  -  26/06/21  -  19:58
Atualizado em 27/06/21 - 00:03
  Participantes da campanha querem resgatar as discussões sobre a ligação seca entre Santos e Guarujá
Participantes da campanha querem resgatar as discussões sobre a ligação seca entre Santos e Guarujá   Foto: Matheus Tagé/AT

Participantes da campanha intitulada Vou de Túnel promoveram uma ação, neste sábado (26), na Ponta da Praia, para resgatar as discussões sobre a necessidade de uma ligação seca entre Santos e Guarujá e defender que ela seja feita através de túnel imerso. Foram distribuídos panfletos e máscaras, além de divulgada a coleta de assinaturas para a petição on-line.


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O acidente ocorrido com o porta-contêineres Cap San Antonio, dia 20, que afetou atracadouros da travessia de balsas Santos- Guarujá, trouxe o assunto à tona. Foi o quarto acidente ocorrido nos últimos dez anos. De acordo com os organizadores, o objetivo da ação é, justamente, informar a população sobre a proposta e reforçar as vantagens do túnel imerso, como segurança para a comunidade e para o desenvolvimento do Porto de Santos.


“A barca é uma embarcação lenta que cruza na frente do navio. Felizmente, os acidentes que ocorreram não tiveram vítimas. Mas, uma falha mecânica de um navio ou de uma barca, é uma catástrofe anunciada. Administrar riscos não é bom para a engenharia”, diz o conselheiro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos e porta voz da campanha, Eduardo Lustoza.


Para ele, retomar o projeto que já foi, inclusive, apresentado pelo Governo do Estado, seria a melhor saída. “O túnel desce 20 metros e em três a quarto minutos você está na outra margem. Diferente de uma ponte que você sobe 85, 100 metros e cria três quilômetros de viaduto de cada lado de cada lado”.


Ele ressalta ainda o impacto da construção para o Porto de Santos. “O túnel não obstrui a livre navegação. O principal canal de navegação do País não pode ter um pilar no meio, um gabarito aéreo”.


Os custos, segundo ele, também seriam menores. “É uma obra mais barata que a ponte. Hoje, nesse projeto da Dersa, trazendo a valor presente, ele sairia entre R$ 3,2 bilhões a R$ 3,3 bilhões. Já a ponte se aproxima a R$ 4 bilhões”.


Outra vantagem seria questão da mobilidade, destaca Lustoza. “Passam os modais rodoviário e ferroviário. O acesso do VLT, que é imprescindível para a região metropolitana. Ele poderia levar ao Aeroporto Civil Metropolitano do Guarujá, por exemplo”.


Outras ações deverão ocorrer nos próximos meses. Cerca de 4,5 mil assinaturas já foram coletadas pelo movimento. Quem quiser assinar a petição on-line pode acessar o site voudetunel.com.


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