Fundada por Martim Afonso, Itanhaém serviu como retiro para o padre José de Anchieta

Jesuíta passou uma temporada na Cidade, que também foi berço de grandes artistas

Por: Régis Querino  -  22/04/22  -  07:11
Atualizado em 22/04/22 - 15:05
Fundada por Martim Afonso em 1532, Itanhaém completa 490 anos
Fundada por Martim Afonso em 1532, Itanhaém completa 490 anos   Foto: Arquivo pessoal/Nícolas Schukkel

Segunda cidade mais antiga do Brasil, Itanhaém foi fundada em 22 de abril de 1532 pelo navegador português Martim Afonso de Sousa. Batizada como Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém e, somente em 1906, como Itanhaém, a origem do nome vem da língua tupi, com a junção dos termos ita (pedra) e nhaém (canto).


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O povoado erguido perto da Aldeia dos Itanhaéns, entre os rios Peruíbe e Itanhaém, onde foi construído pelos jesuítas o Colégio de São João Batista (região atual da cidade de Peruíbe), foi alçado à condição de vila em abril de 1561, pelo capitão-mor Francisco de Morais.


Em 1549, os jesuítas chegam à região, atendendo a Capitania de São Vicente e toda a sua extensão. Quatro anos mais tarde, o padre José de Anchieta chegou à Cidade, provavelmente em retiro de orações, na capela da Vila de Conceição de Itanhaém.


A presença do jesuíta contribuiu para a história do lugar, fazendo da Cama de Anchieta um dos principais pontos turísticos de Itanhaém. Segundo a lenda, era perto do mar que o padre descansava e buscava inspiração. A formação rochosa fica entre o costão da Praia da Gruta e da Praia do Sonho.


Em 3 de abril de 2014, Anchieta foi canonizado pelo Papa Francisco, tornando-se o terceiro santo brasileiro, apesar de ter nascido na Espanha. Uma lei municipal instituiu o dia 9 de junho, data de sua morte, como feriado.


Figuras importantes
Itanhaém é terra natal de grandes artistas, como Emídio de Souza, primeiro pintor primitivista do Brasil, e Benedito Calixto, considerado um dos maiores artistas do início do século passado. Escritor e fotógrafo, Calixto foi o pioneiro no País na arte de pintar a partir de fotografias.


A Cidade também ficou célebre ao servir de cenário da primeira versão da novela Mulheres de Areia, escrita por Ivani Ribeiro, entre 1973 e 1974, e exibida pela extinta Rede Tupi. Com locações na Praia dos Pescadores, a produção contou com a participação de pescadores locais como figurantes.


O obra, que contou com a participação de grandes nomes, como Eva Wilma, Carlos Zara, Gianfrancesco Guarnieri e Antônio Fagundes, ganhou um monumento, no alto de uma pedra na Praia dos Pescadores, que virou atração turística do Município.


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