Câmera monitora ninho de Tartaruga Gigante em Itanhaém; imagens são disponibilizadas ao vivo
Objetivo é intensificar medidas de segurança e promover maior conhecimento sobre espécie
A fim de intensificar as medidas de segurança no ninho da Tartaruga Gigante que depositou ovos em Itanhaém, o local está sendo monitorado em tempo integral por uma câmera de monitoramento. As imagens, portanto, são disponibilizadas para todos os interessados nos sites da Mineral – Engenharia e Meio Ambientee do Instituto Biopescaa partir desta quinta-feira (25).
De acordo com o coordenador geral do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) pela Mineral Engenharia e Meio Ambiente, Claudio Vieira, o intuito do monitoramento também tem outro foco além da segurança: “colaborar com a disseminação de conhecimento a respeito da tartaruga-de-couro e da importância da conservação do ambiente marinho”.
Além da câmera, equipes se revezam na proteção e monitoramento dos ninhos. “Vínhamos fazendo ações de educação ambiental com os visitantes, mas estão suspensas temporariamente em função das restrições para conter o avanço da covid-19”, explica Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca. “De toda forma, todos podem continuar acompanhando as novidades em nossas redes sociais e pelo site”, ressalta.
Os ninhos
A mesma tartaruga-de-couro fez uma sequência de três desovas em praias de Itanhaém. A primeira foi na praia do Suarão no dia 19 de fevereiro, enquanto a segunda aconteceu na praia do Satélite e a terceira na praia do Centro nos dias 5 e 18 deste mês.
De acordo com o Instituto Biopesca, esses são os primeiros registros de desova da espécie no município. Durante a temporada reprodutiva, a tartaruga-de-couro pode fazer até 11 posturas. Desta forma, não é possível saber se as desovas em Itanhaém estão entre as primeiras ou últimas. Em média, a espécie deposita 100 ovos em cada ninho e eles devem eclodir em um período de 60 a 90 dias.
A tartaruga
Espécie está ameaçada de extinção. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém)
A tartaruga tem 1,77m de comprimento total e foi anilhada pela equipe do Instituto Biopesca na ocasião da primeira desova. O procedimento colabora com os estudos para a conservação da espécie – que está ameaçada de extinção – e permite o reconhecimento nas outras duas desovas.
Monitoramento
A Mineral Engenharia e Meio Ambiente é a responsável técnica e o Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
A ação é realizada desde Laguna/SC até Saquarema/RJ e é dividida em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Contato
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, basta entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar). Outras informações estão no site oficial.
