Vereadores analisam pedido de cassação do prefeito de Guarujá nesta quinta

Válter Suman é apontado pela Justiça Federal como líder de uma organização criminosa que teria desviado R$ 109 milhões

Por: Sandro Thadeu  -  23/09/21  -  07:41
 Para Justiça Federal, chefe do Executivo de Guarujá é líder de organização que desviou verba da saúde
Para Justiça Federal, chefe do Executivo de Guarujá é líder de organização que desviou verba da saúde   Foto: Alexsander Ferraz/AT

A comissão processante instalada na Câmara de Guarujá para analisar o pedido de cassação do prefeito Válter Suman (PSDB) reúne-se pela primeira vez nesta quinta-feira (23), às 10h, na sala de reuniões do Legislativo.


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O chefe do Executivo é apontado pela Justiça Federal como líder de uma organização criminosa que teria desviado R$ 109 milhões da saúde, conforme apontado pela Controladoria-Geral da União (CGU).


Esse grupo do Legislativo é formado pelos vereadores Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (PP), Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB) e Sirana Bosonkian (PTB).


O trio foi escolhido por sorteio realizado durante a sessão ordinária de terça-feira, após leitura e aprovação da denúncia com o pedido de afastamento do tucano apresentado pelo presidente municipal do PDT, o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.


No encontro desta quinta (23), os vereadores definirão a presidência e a relatoria da comissão. Também devem estabelecer o calendário inicial das reuniões e o envio da denúncia a Suman.


A partir do momento em que o prefeito for notificado, a Comissão Processante terá 90 dias para concluir as atividades. Se não houver julgamento do prefeito até o final desse prazo, o pleito será arquivado.


Medida adequada


O presidente municipal do PDT recebeu com serenidade a decisão da Câmara de analisar o pedido de afastamento do chefe do Executivo protocolado pela sigla. Na avaliação dele, é preciso apurar os fatos que vieram à tona na semana passada.


No último dia 15, a Polícia Federal deflagrou a Operação Nácar-19, que investiga desvios de recursos públicos mediante a contratação da organização social (OS) Pró-Vida e empresas da área da saúde pela Prefeitura de Guarujá.


“Saúdo os vereadores pela coragem política, cívica e pela iniciativa tomada, porque as acusações dirigidas ao prefeito são gravíssimas”, justificou Gonçalves.


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