Válter Suman é aguardado para depor na Câmara nesta segunda-feira
Prefeito é alvo de uma comissão processante do Legislativo e pode ser afastado definitivamente do cargo
Atualizado em 13/06/22 - 09:13
O prefeito afastado de Guarujá, Válter Suman (PSDB), é aguardado nesta segunda-feira (13), a partir das 10 horas, na Câmara, para depor na comissão processante instalada pelo Legislativo, que analisa o pedido de impeachment contra ele. A oitiva será aberta ao público.
O chefe do Executivo está sem exercer o mandato desde 29 de março deste ano, por determinação da Justiça Federal. A vice Adriana Machado (PSD) responde interinamente pelo comando do Município.
Naquela ocasião, foi deflagrada a segunda fase da Operação Nácar-19, realizada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).
Iniciada no ano passado, essa investigação aponta Suman como suposto líder de uma organização criminosa – com a participação de organizações sociais e empresas – responsável pelo desvio de mais de R$ 150 milhões das áreas da Saúde e da Educação. O tucano nega as acusações.
Como medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), Suman usa tornozeleira eletrônica, não pode ingressar em prédios públicos da Administração Municipal e está proibido de se ausentar da comarca da residência por mais de cinco dias sem autorização judicial.
O presidente da comissão processante da Câmara, Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), explicou que, até a tarde de domingo (13), ainda não tinha a confirmação se o chefe do Executivo compareceria hoje ao Legislativo.
“Após essa etapa, a comissão vai se reunir novamente para definir a data da sessão de julgamento do caso”, afirmou. Também fazem desse grupo os parlamentares Carlos Eduardo Vargas (PTB - relator) e Santiago Angelo (PP).
Até o momento, somente um dos convocados para as oitivas compareceu: o engenheiro e advogado José Manoel Ferreira Gonçalves, responsável por apresentar o pedido de afastamento de Suman, no início de abril.
Celso Roberto Bertoli Júnior (ex-diretor de Compras, Licitações e Acompanhamento de Contratos da Prefeitura), Hugo Passos (ex-secretário adjunto de Cultura), Marcelo Feliciano Nicolau e Renata Martins de Souza Bernardo (ambos foram titulares da pasta da Educação) não apareceram para depor, mas enviaram as justificativas aos vereadores.
Sem resposta
A Tribuna tentou contato com o advogado Edson Asarias, que cuida da defesa de Suman, mas ele não retornou as ligações e as mensagens até a publicação esta reportagem.
