Intervenção em unidades de saúde em Guarujá será de 180 dias

Prefeitura assume gestão de unidades da saúde para averiguar problemas na gestão, a cargo de organização social

Por: Nathália de Alcantara  -  13/03/21  -  22:44
A UPA Rodoviária e outras 15 unidades de saúde da família estão no pacote da intervenção
A UPA Rodoviária e outras 15 unidades de saúde da família estão no pacote da intervenção   Foto: Carlos Nogueira/AT

Por até 180 dias, a Prefeitura de Guarujá assumirá a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Matheus Santamaria, da UPA Rodoviária e das 15 Unidades de Saúde da Família (Usafas).


Nesse período, serão investigados atraso no pagamento de salários e de fornecedores, falha na prestação de contas, recursos humanos insuficientes, não comprovação de depósito de valores para o provisionamento de rescisão de ex-funcionários, não atendimento de notificações emitidas constantemente pela Secretaria Municipal de Saúde e até desassistência por parte da Organização Social (OS) Pró-Vida, que por pouco mais de dois anos foi a responsável por essas unidades.


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Segundo o secretário-adjunto de Saúde de Guarujá, Denis Campos, esse afastamento será para apurar melhor todas essas questões. “Vamos ver principalmente as questões relacionadas a pagamentos de colaboradores e fornecedores. Tudo isso será apurado de maneira mais detalhada e o objetivo é regularizar a situação”, explica Denis.


A gestão passa a ser do Conselho Interventor criado pelo Município, que conta com seis servidores municipais. A decisão leva em conta uma série de irregularidades constatadas pela Comissão de Avaliação e Monitoramento de Contratos de Gestão da Prefeitura, que em uma série de vistorias periódicas in loco nas dependências das unidades presenciou inúmeras falhas relacionadas ao atendimento.


Se essas irregularidades apontadas realmente forem constatadas, medidas cabíveis serão tomadas. Caso contrário, a OS poderá voltar a assumir essas unidades de saúde.


“Durante esse prazo, nós vamos corrigir problemas estruturais e de operação. Se não houver algo gritante, a OS reassume e isso não causa qualquer tipo de prejuízo. Assumimos o compromisso com a folha de pagamento dos funcionários deles. Veremos também se há necessidade de redirecionar os profissionais ou colocar funcionários da prefeitura também à disposição”, diz o secretário-adjunto.


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