Hospital de Guarujá fica oito dias sem ter mortes por Covid após enfrentar 100% de ocupação
Unidade é focada em receber pacientes graves do coronavírus. Ocupação atual de enfermaria e UTI é de 30%
Entre os dias 20 e 28 de julho, o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, não registrou mortes por decorrência da Covid-19. É o maior período que a unidade ficou sem registrar óbitos causados pelo coronavírus desde que começou a receber pacientes diagnosticados com a doença.
A unidade, que chegou a ter 100% de ocupação das UTIs Covid em dezembro, agora conta com 30% de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI destinados a pacientes com o coronavírus.
A queda na ocupação e o período sem mortes são vistos como um grande alívio pelo diretor técnico do Hospital Santo Amaro, o infectologista Hermano Boechat Poubel.
"Ver as nossas UTIs Covid reduzirem sua taxa de ocupação, ficar dias sem óbitos, é uma situação de grande alívio. Depois de um ano e meio de pandemia, as equipes de saúde se mostram extremamente exaustas, por conta de todo o desdobramento que tivemos que ter, do estresse de conviver com uma doença grave e de ver pacientes indo à óbito", afirma Poubel, em entrevista para A Tribuna.
Apesar dos números positivos, o hospital de Guarujá segue recebendo pacientes em estado grave por conta da Covid-19. O diretor explica que houve uma redução na faixa etária dos infectados, com pacientes mais jovens chegando à unidade.
"Estamos recebendo pacientes mais jovens, até porque a cobertura vacinal começou com os idosos. Os pacientes que já receberam alguma parcela de vacina têm tido uma evolução melhor", relata o infectologista.
Prevenção
Nesta semana, Guarujá começou a vacinar jovens acima de 20 e 21 anos contra a Covid-19. A cidade já vacinou mais de 61 mil munícipes com as duas doses, ou dose única, e mais de 195 mil pessoas com a primeira dose. O município tem ocupação de 21% nos leitos de UTI Covid do Sistema Único de Saúde (SUS).
Poubel reforça que o avanço da vacinação vem sendo responsável pelos resultados e que é importante a população não abandonar as medidas preventivas neste momento.
"Não é momento de se abrir mão das medidas de prevenção, como distanciamento social, higienização de mãos e utilização de máscaras, porque ainda não estamos com uma cobertura vacinal que permita a diminuição expressiva da circulação do vírus", alerta.