Família de idoso desaparecido há oito meses, em Guarujá, pede ajuda: ‘Sofremos todos os dias’

Aristides José dos Santos desapareceu no dia 20 de março. Família desconfia que idoso teve mal súbito e se perdeu

Por: ATribuna.com.br  -  10/12/21  -  15:00
Aristides José dos Santos morava sozinho no bairro Vila Aurea e era motorista
Aristides José dos Santos morava sozinho no bairro Vila Aurea e era motorista   Foto: Arquivo Pesssoal

Um idoso morador de Guarujá está desaparecido há oito meses. Aristides José dos Santos morava sozinho no bairro Vila Aurea, trabalhava como motorista e tinha 86 anos quando desapareceu em 20 de março. Em junho, ele completou 87 anos. “Uma família que tem um ente desaparecido sofre todos os dias porque nunca tem a certeza do que aconteceu”, explica a filha Maria Cristina dos Santos, de 53 anos.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


A filha conta que têm ocorrido diversos desencontros de informações, por isso, não é possível saber efetivamente a última vez que ele foi visto. A única certeza, segundo ela, é que o motorista saiu do trabalho na sexta-feira (19 de março) e, de acordo com o boletim de ocorrência, passou em uma banca de jornal no sábado (20 de março).


“Nos primeiros dois ou três meses, a gente teve algumas pistas. Sempre que alguém via algum senhor abandonado ou perdido, ligava e a gente ia atrás”, explica, dizendo que também foi em diversos hospitais procurar pelo pai, mas não teve sucesso.


Segundo Maria Cristina, o inquérito está no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Santos. “Sempre que eles ou a gente tem alguma pista nova, averiguam. (...) O processo é muito moroso”.


Principal suspeita

Para a família, a principal suspeita é que Aristides teve um mal súbito e se perdeu. “Não sabemos onde, não sabemos de que forma, mas é uma coisa que pode ter acontecido porque ele já estava com 86 para 87 anos”. Desta forma, os familiares enfrentam o processo de busca e seguem atentos para qualquer novidade.


“Se chove, você fala: meu Deus está chovendo, onde será que ele está?. Se faz sol: meu Deus, será que tomou água?. São várias as preocupações diárias”, conta Maria Cristina.


A filha de Aristides afirma estar em mais de 30 grupos de desaparecidos nas redes sociais, mas acredita que há muita desinformação. Além disso, ela enxerga que existe pouco auxílio por parte dos governos.


“Meu pai está desaparecido e estou me sentindo abandonada. São pouquíssimos recursos que a gente tem em relação à máquina pública para ajudar efetivamente a procurar e encontrar”, critica.


Esperança

Apesar de todas as dificuldades, ela segue com esperança de que novas ferramentas possam colaborar com as buscas. “Em junho, nós fomos ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande fazer a coleta de DNA, que é um programa nacional de coleta de DNA para ajudar na busca dos desaparecidos. Isso é fantástico, então vai ajudar muito quando funcionar de vez. Por enquanto, só está coletando, mas já teve um caso que a pessoa foi encontrada pela coleta do DNA”.


Características

Aristides tem cerca de 1,60m de altura, olhos castanhos, cabelo grisalho e usa óculos. Não há informações sobre a roupa que ele usava no dia do desaparecimento, mas, segundo o boletim de ocorrência, o idoso costumava vestir bermuda, camiseta e sandália.


Qualquer notícia sobre o paradeiro do motorista deve ser informada para a Polícia Civil.


Logo A Tribuna